domingo, janeiro 28

**Carnaval**


...Não estarei no Brasil no carnaval, mas deixo toda minha admiração! Bom, mas já curti um pouco, fui assistir a bateria da beija-flor e suas mulatas...sensacional!
Carnaval é bom pela riqueza da nossa nação: música, mulher bonita, dança, rebolado, calor e cidades alegres! Melhor ainda, do samba constituído por pessoas talentosas e "roots"... Como Geraldo Pereira, http://brazilianmusic.com/gpereira/indexp.html

Não vivi essa época, mas têm cd´s pra curtir do bom e do melhor

Alguém sabe quais são os ingredientes para se fazer uma boa música? Certamente o talento...Já dizia Tom que a música é 95% de transpiração e 5% de inspiração. Mas Carlos Drummond de Andrade dizia que se precisa de inspiração até para atravessar a rua. Então são esses três ingredientes: o talento, a inspiração e a sorte.

Certa vez escutei uma música (Chegou a bonitona), gostei muito, resolvi então postar aqui.

*o cotidiano é o máximo-------------------


Chegou a Bonitona
Samba
Geraldo Pereira / José Batista
1a. Gravação feita por Blecaute, em 11de agosto de 1.948.
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Olha só oh! pessoal que bonitona
Olha o pedaço que acabou de chegar
Agora sim, oh! pessoal
Com a chegada dessa dona
Nosso samba tem que melhorar
(bis)
Temos flauta, cavaquinho, violão
Temos pandeiro, para fazer a marcação
Temos espaço no terreiro pra sambar
E uma noite linda de luar
Agora acaba de chegar a bonitona
Requebrando pra lá, se requebrando pra cá,
Cadê o moço, cadê o dono dessa dona,
Se Num tá, vou me atracá.

Bom carnaval pra todos!

sábado, janeiro 20

Eu e Ele!




Nascemos com toda a carga de nossa genética física e psíquica. Mas não somos apenas isso. Somos em parte resultado do que foram nossos pais. Mas não somos apenas isso. É claro que o que somos não depende apenas de nossa vontade, assim como a de nossos pais, mas a da sociedade, essa que nos persegue com olhos e braços, que nos vigiam e interferem em nossa realidade. Posso chamar de opinião alheia, uma entidade informe, onipresente, quase onipotente, do "o que os outros vão pensar", nos podando o tempo todo.... Mas independente de sociedade, temos laços, raízes e correntes de afetos, que nos direcionam e nos transformam!
* Tive bons motivos para falar do meu pai aqui, claro que qualquer hora é hora para falar de quem a gente tem grandes afinidades e um respeito absoluto...
Eu e Ele somos assim: dependo do seu afeto, seus conselhos, suas atitudes... Ele só precisa de 5 coisas: me ver crescer e encarar a realidade, concordar com a dignidade, esboçar caráter e mais ainda, conviver com a honestidade, mesmo nos momentos de fraqueza...
Eu e Ele vivemos assim: retratei um momento típico de um sábado em casa, depois de uma semana corrida e solitária, recarrego minhas energias ao lado desse que me ensina a beber vinho, que me mostra os caminhos, que me faz rir e que as vezes me faz chorar.
Pois é Sr. Pai, que posso dizer, Sr. das causas impossíveis, sou sua fã n° 4 ( Mãe + 2 irmãs + eu = 4) Digo a 4ª pq sou a mais nova da tropa!
Meu maratonista regrado e esforçado, tentei correr com ele um dia, o que aconteceu? Ele ia e voltava só para não me perder de vista! Adoro assistir as maratonas que ele participa. Sem contar na sua 2ª faculdade, que emoção vê-lo entrar com uma galera na formatura, seu apelido na faculdade - Tio Chico, putz, ele colava, que tosco! heheheh
Sou apaixonada por suas histórias, desde um gato preso no motor do carro que cada acelerada um miado até um quase preso nos E.U.A ao atropelar um ciclista. Suas piadas são numeradas, iiiihhh aquela paiiiiiiiii, conta aqueeeeeeeeeela que a gente gosta ( ele adora isso).
Tem hora que é muito chato, sistemático (coisas de engenheiro e o mais novo gestor imobiliário), mas até nessas horas eu aprendo com ele.
Agradeço pelas nossas tardes de vinho, pelas conversas, sorrisos e gargalhadas, realmente vc fez parte do meu começo!
... Voltando a conversa sobre sociedade; muito me apoiou o que se ensinava em minha casa: a opinião alheia realmente não interessava, até pq uma adolescente numa cidade do interior onde o comportamento era ditado, agora me pego a pensar: - Putz era muito "diferente", jogava bola sempre e andava de qualquer jeito, espinha? Algumas. E o cabelo? Sei lá, nunca reparava!
Família, como precisamos dela, a todo momento...
Talvez nem seja aquilo que meu pai esperava ou que minha mãe sonhava, nem aquilo que eu sempre quis, mas sou assim, esperando sempre que se tudo der errado, tenho um vinho a tarde pra tomar, Eu e Ele!

sábado, janeiro 13

Pátria amada e demarcada!











1°Xavante/ 2°Aldeia Itatín/ 3°arte que ganhei/ 4° aproximação

Quando era pequena, os amigos de meus pais diziam que eu parecia uma índia, aquilo de certa forma mexia com meus sentimentos, adorava ouvir tal elogio (achava o cabelo e o sorriso algo de mais lindo e saudável que elas tinham).
O tempo passou, apesar de não ouvir mais tal comentário, ainda aprecio muito os índios, pra mim, simplesmente envolventes e curiosos.
Pude ter o imenso prazer ao visitar aldeias indígenas bilingue, isso fica tão pertinho da gente! A foto de um Xavante foi tirada pela minha querida companheira e amiga para o todo sempre Florinha, tirada na sua expedição Amazônia, sua coluna : http://www.huck.com.br/ .Minha maior curiosidade era saber como eles se comportavam, viviam, etc. Descobri que muitos têm total interferência da sociedade, tendo acessos agressivos e mesquinhos (prostituição, violência, pobreza) outros vivem no total alicerce da vida... escondidos e protegidos?? Suas aldeias vêm diminuindo consideravelmente pela invasão e proliferação do que posso dizer, ambiciosos e abusados pessoas essas contra a vida, Deus e natureza! Destroem, demarcam...

Aprendemos muito com os índios, não só em remédios e alimentação, mas como modo de vida, no convívio das tribos, como por exemplo:
Um professor de antropologia colocou um grupo de pessoas reunidas numa sala e cada um contando sua história de vida, uns choravam, outros riam... ao final desses três dias, esse professor levou o grupo no jardim do hotel e fez uma roda, todos na mesma sintonia com palavras indígenas, puderam ter a sensibilidade de "enxergar" o próximo não pelo seu traje nem pelo seu modo de ser, mas pelo seu afeto, sua grandeza de espírito, sem contar a harmonia da dança... (trabalho feito com bancários hehhe)
Vamos preservar, respeitar e amar, faz parte da nossa história, é do Brasil, é nosso!

quinta-feira, janeiro 4

Para nós, canhotos


Que mundo cruel, tão preconceituoso que não tinhámos espaço, nós, canhotos! Minha vizinha sempre falava com orgulho que amarrava a mão de seu filho pra ele não ser canhoto, que coisa viu!
Com muito orgulho posso dizer que faço parte desse rol tão difamado pela sociedade...
Ouvi dizer que os canhotos têm um lado significativo para as artes, pensei: - Que arte faço? Será que é na cozinha, acredito que não, apesar ousar sempre! Na pintura, só aprecio, pq nem borrado sai! Na escrita, putz, eu acho que me identifico mais, gosto de escrever, não quer dizer que escrevo bem, mas escrevo! O que melhor posso fazer como ser inteiro e feliz dentro de minhas possibilidades de meus sonhos. Retratei esse momento de prazer e relaxamento!
Expresso o que sinto escrevendo, talvez até me liberto. Ensinaram-me desde cedo que minha liberdade era essencial, que se ligava à minha dignidade, e que eu seria responsável por minhas escolhas. Mais: eu sabia que mesmo tudo dando errado alguém sempre estaria ali para mim; esse alguém se chama família:grupo ou pessoa que mesmo se não me compreende e às vezes nem aprova, me respeitará e amará como sou -ou como consigo ser. Só assim consigo me defender do terreno violento em que vivemos, pois tenho uma sólida raiz de afetos.
"Não preciso ser um rei para me sentir importante, mas devo me sentir apreciado."