quarta-feira, julho 1

Expedição Honduras - PaRtE 1

criança trabalhando - uma constante na América
...Fiquei tão cansada hj e se estende por agora, cansada não só fisicamente, da rotina, das tarefas diárias, me cansei de ler infinitas reportagens, textos, críticas, descontentamentos a respeito desse país, Honduras. Já não sei mais o que compreender, sinceramente: um dia a gripe suína (me preocupo com os nossos vizinhos argentinos), outro dia um anuncio breve na internet sobre a suposta morte do Michael Jackson, a GLOBO logo tratou de fazer um "especial" a ele. E não é que um dos "five" foi dessa pra melhor mesmo?!! O mundo tratou de falar dele (in memoria). Agora ele conseguirá vender os discos, filmes, livros e por fim pagará toda sua dívida e encher o bolso de quem sabe explorar o que de fato é lendário!
Por esses dias tb, um suposto golpe militar em Honduras. (Ponto) É muita informação, "tristeza não tem fim, felicidade sim"... Eis as opiniões:
Lula diz que golpe em Honduras é “precedente perigoso"
Fidel diz que presidente ficará pra história
O mundo por vezes desatento e que se cai em contradição: ora, vejamos os golpes já cometidos pela história.... e se o Manuel Zelaya é chavista ou não, se vem de direita, se entorta pra esquerda... o povo o elegeu. Então que faça valer essa democracia desvairada!
Só me resta dizer uma frase, um pouco sem jeito a solto aqui e que necessito e necessitarei verdadeiramente dela. -"Ou vamos tudo e todos juntos ou não chegaremos a lugar nenhum" O que nos adianta falar de paises sejam lá o que forem, se sejamos tão sujos quanto os tais? Não eu não quero a total liberdade entre povos, pois liberdade demais apavora. Me apavora pq um povo sem lei é um povo sem reação dos fatos! Eliberdade é não se ter lei? Estamos vivendo no século sem leis, será que é de tantas que nos impuseram???
Que viva então as músicas de Michael Jackson - ainda nos faz vibrar com alguma coisa
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Voltando na viagem:
Capital: Tegucigalpa
Moeda: Lempira (1 dólar – 18 lempiras)
Fuso Horário: - 3 horas (em relação ao Brasil)
cidades: Tegucigalpa, Copan Ruínas e Bay Islands (Utila e Roatán).
preço da passagem Nicarágua - Honduras: 23 dólares
ônibus: Ticabus
Ainda na Nicarágua, o taxista foi lá e me deixou no ponto da Ticabus (Hasta amigo que te vas bien!), e fui então pro ônibus super confortável, bancos devidamente reclináveis.... então fui ,sai as 5:00 hs da manhã e que só iria chegar a Tegucigalpa à 13:00 da tarde - um pouco da demora se dá pela espera na fronteira...
E ai, meus caros leitores, sempre gosto de dedicar um post para "Las fronteras", pq realmente era de grande curiosidade de minha parte, passar por elas... e que tb cruzar um país chegando em outro, me dá uma sensação de caminhar destemidamente por esses lugares. O que tb pode assustar, pois nas fronteiras a confusão é grande: de filas, esperas, lixos, comidas ao ar livre, banheiros mau cheirosos.... (Já vi coisas assim, no Brasil) Mas uma desorganização que dá até certo, o povo vive do que pode! Só me entristeceu de ver crianças trabalhando, aliás isso é uma constante em todos os paises que passei, reflexo da pobreza, da exploração!
Na fronteria, Nicarágua - Costa Rica, me deu um pânico, eles não carimbaram os passaportes, a sensação que tinha era que o meu foi o único esquecido por eles, deixa explicar: essa empresa Ticabus, ela "resolve" os problemas de fronteiras, recolhe todos os passaportes, ja te fala tudo que vc tem que fazer, saimos então do ônibus, ficamos em fila, parecendo numa prisão, os policiais vieram, depois que olharam os passaportes e de um a um olhando bem pra nossa cara, entregavam nossos documentos. Isso me dava uma sensação de que estava metida com coisa errada , sei lá - me senti foragida... e daí olhei meu passaporte pra ver se teria alguma carta, alguma informação, sei lá, alguma coisa, percebi entao que não houve aquele carimbo, nem de entrada, muito menos de saída a Nicarágua, foi ai então que, Max, um alemão, na mesma situação puxou papo comigo, foi ai que perguntei ao policial, se estava falantando algo.Eele disse q era assim mesmo, algum problema?? Não, não senhor!
Ali, então, se iniciava uma amizade... eu e Max percorremos toda Honduras juntos.
E por destino ou não, ele estava lá sentado ao meu lado desde que saimos da Nicarágua - que viva essa globalização do bem. Deus, obrigada por colocar esses anjos em meu caminho. Max era de um tipo (biotipo) bem diferente do que a gente imagina de um ser alemão: não falava grosso, muito menos fazia expressões faciais... Max é um alemão muito do engraçado que dividiu quarto, taxi, comida, passeios, fotos....
Ainda tenho muita viagem pela frente, mas o importante é viver cada segundo, cada descoberta... cada .....
Hasta amigos, e no próximo post falarei de Tegucigalpa (eu sempre adorei o nome dessa capital, desde pequena, uma palavra que traz força, sei lá) :)

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