Os caminhos já foram percorridos... O destino finalizado... O tumulto termina... A grandiosidade se inicia...
Muito embora tenha chegado ao fim dessa expedição e de volta à Havana, eu ainda precisava descansar. Não fui à Cuba pra deitar numa rede, segurando em uma das mãos um copo de mojito e a outra levada ao chão, fazendo o balanço leve, vai-vem. Fui à Cuba para, pura e simplesmente sentir. Desde aquela brisa na sacada do quarto em Havana até aquele cheiro de charuto pelas ruas - Che caminha e dobra às esquinas. Mas eu precisava descansar. E fui até Varadero pra isso. (próximo post)...
De volta à Havana e tudo muito diferente. Aquela gente não mudou, nem os carros e muito menos as calçadas. Mas a minha percepção mudou. Eu mudei. E tudo mudou. O mar me encarava, coisa que nos primeiros dias não. O hotel já não era tão vazio e enorme. O elevador já não me metia medo. Soube chegar ao quarto, como se estivesse em uma linha reta. Sentia-me em casa. E ligo a TV e mais governo. Fidel, com uma voz cansada e falha pôde me informar alguns capítulos de seu mais novo livro. Não hesitei, fui às ruas e comprei por um preço: 25 cucs. "Tudo tem seu preço". Últimos passeios em Havana e dessa vez optei pela bela e extraordinária natureza. A montanha, as grutas, as pedras... Queriam nos mostrar uma bebida típica, com valor calórico substancial e quando gelada, dá excelente sensação de frescor. Caldo de cana! Só esqueceram de oferecer pastel!!!hahaha
Conheci duas brasileiras e isso é motivo de comemoração. Muito raro conhecer brasileiros nas minhas viagens. Duas queridas e simpáticas aventureiras. Duas que vieram pra somar. Pude desfrutar da companhia e pudemos observar juntas. Dessa vez tive com quem compartilhar. Bebemos piña colada no almoço... "Sacamos" fotografias... Miramos o horizonte... E a chegada do "adeus"... Que nada, pelo delicado da vida e destino, ficamos no mesmo hotel... Mesmo andar!!! E ainda teríamos uma noite toda pela frente.
Exaustas, chegamos no bairro do hotel, compramos bebidas para uma noite quente cubana. Mesmo ainda sem definição do que fazer, mas já tínhamos as bebidas!
Fui a primeira a tomar banho e corri pra minha sacada, e estava lá , o sol avermelhado dando adeus e uma rua vazia recebendo a última luz do dia.
Corri pro quarto das meninas, trocamos excelentes ideias de tudo que é tipo; gosto; sexo e religião... Mesmo com aquela cerveja quente comprada a poucos minutos, saboreamos como se fossem as últimas latinhas de Cuba...
Fomos pra rua. Chamamos um táxi, destino: Forte. Pela noite há um ritual em que homens disparam o canhão. Esperamos até o fim. E lá do alto a vista era coisa de cinema. E o calor não combinava com a vontade de andar por aquelas passarelas por detrás a uma muralha...
A noite não poderia acabar por ali. Sentíamos a necessidade de comemorar ou de despedir de alguma coisa. Sim, eu estava de partida. Dia seguinte, desfrutaria do mar caribeño, enquanto que elas, das ruas calientes e misteriosas de Havana.Chegamos ao hotel, logo na entrada há um cartaz com toda a programação da noite cubana - de segunda a domingo. No último andar do hotel há um bar-show. A felicidade foi saber que, teríamos mais um tempo juntas. Corri ao meu quarto, troquei de roupa -claro! Um show cubano pediria um modelito mais leve, solto. Um vestido a la cubana! Bebi minha última latinha e fomos! Apesar do ambiente hostil totalmente "gringo", três brasileiras fazem o lugar.
Assim como em filmes, o bar apresentava características sofisticadas, em que o garçom se limita num círculo em que cadeiras ficam ao seu redor. (Como queríamos um mojito,mas o preço desanimava). Compramos! Brindamos! Comemoramos!
Assim como em filmes, o bar apresentava características sofisticadas, em que o garçom se limita num círculo em que cadeiras ficam ao seu redor. (Como queríamos um mojito,mas o preço desanimava). Compramos! Brindamos! Comemoramos!
Começa o show. Mulheres cubanas sensacionais, lindas e vibrantes. O som, a voz, o rebolado... coisa pra gringo nenhum botar defeito... E na cadeira dançavamos... Fechei meus olhos e toquei meus cabelos, sentia calor e a vibração daquele som. Algo se movia.. Era o teto, abriu como se fosse um pedido aos céus. E aquelas estrelas invadiram o espetáculo.
Como de costume, em shows para gringos, a cantora desce do palco e busca algumas pessoas... Aquele seu vestido colado e um rebolado invejável, atravessa o salão buscando algumas pessoas pelas mãos. Aquilo seria divertido até o momento em que sinto uma mão suada segurando a minha... "Venga, venga" De dónde eres? Soy de Brasil! Aaaaiiii Brasil me encanta! Tienes que venir aca a bailar... Minha reação foi olhar para trás e minhas amigas brasileiras falaram uma só palavra junto àquele olhar de aprovação: Vai!
Talvez a cerveja quente, mais um mojito aos olhos da cara, fizeram-me acreditar que, eu poderia dançar como as cubanas. Se foi igual, eu não sei. Mas que dancei até chão, dancei!
Esses foram os dias em Havana... e o fim se aproxima. Malas prontas para el Caribe!!!!
4 comentários:
Até o chão!! hahaha. O mais engraçado é que enquanto você dançava, a gente gritava "chão, chão, chão" e ninguém entendia. Foi muito divertido esse dia!! :)
Que delícia de relato... Não vejo a hora dos posts de Veradero, uma de minhas próximas andadas...
Bjs e boas viagens!
fumou muita maconha hein paty, é isso aí!
Huahuahauha... o comentário aí de cima me puxou a gargalhada.
Que festa!!!
Vivências, experiências... e alegria na vida!!!
Postar um comentário