quarta-feira, abril 10

Em busca da simplicidade


E então, mais que de repente, em meio à bagunça acumulativa da vida urbana, dá  na gente de sonhar com a simplicidade. E que, portanto, peguei-me fazendo três perguntas: Por que beber com os amigos tantos copos de cerveja; umas bem geladas, outras nem tanto assim? Os copos não me dão prazer algum; mas que  acompanhados de boas companhias, aliviam-me de tensões racionais do dia-a-dia. E desses tragos são uma necessidade que eu criei. Por que da obrigação de brilhar um pouco entre uma rebolada e outra, escutando aquela música que não faz sentido algum se tocada na sala da sua casa; ou por que dizer que é feliz pelo fato de você estar condicionado a enxergar sempre de uma forma positiva, quando na realidade você só quer tapar os olhos e ter uma boa noite de sono. 
Um certo dia, parada entre uma vitrine e outra a procura de uma bolsa de couro preta, sim pois, disseram-me que eu deveria ter uma bolsa de couro preta. Porque sua durabilidade é maior? Não, porque pagar R$ 400,00 numa bolsa é como desfilar na passarela social. E que de quebra o sapato tem que combinar. Não comprei. Não pelo preço, mas pela falta de "apreço". E que então, passei ao supermercado comprei alguns quilos de carne, temperos e uma garrafa de vinho. Pronto, um aconchegante jantar em família numa sexta-feira chuvosa numa cidadezinha qualquer do interior. 
Todo mundo, com certeza, tem de repente  um sonhosinho assim. Apenas um instante! bateria do Ipad cheia. Um momento... preciso ler meus e-mails, preparar o dia seguinte, olhar as redes sociais e programar uma viagem. Não precisamos ver nada , precisamos apenas viver - sem programações, sem números, distraídos, bons e preguiçosos... a bateria acaba novamente. rs