quarta-feira, março 31

Expedição México - PaRtE 11(emoções)

tirei essa foto em San Cristóbal
... Sem saber ao certo estava a caminho de mais um propósito, mais um desconhecido.... Último dia em Chiapas e as coisas começariam de verdade. Logo no fim percebo que, o começo estava por vir. Conformada, repasso algumas imagens na câmera, repasso os meus passos pela cidade e, por fim, descontroladamente, repasso minhas mãos na coberta do quarto, essa que me levava ao extase por viajar em suas colores, as cores do Mexico.
Era uma noite de natal, 24 de dezembro às 20:00hs. Não é um conto, é uma canto de mim mesma! O dia em que levarei pra todo o sempre...
Escrevendo no caderno, sentada estava, com dedos já duros e gelados do frio que se passara. A luz fraquinha me dava sensação de solidão. Olhava no relógio imaginando a movimentação da minha casa, da minha família, no Brasil.  Os fogos começaram, o barulho atravessava a parede e invadia minha fibra muscular. Já nao sabia ao certo aonde estava e porque estava. Apenas estava! Uma lágrima escorreu quando fechei os olhos com muita força. Não, eu nao podia chorar! Levantei, fui à cozinha, gargalhadas e falas mexicanas saiam, e sem identificar com clareza percebi que eram pessoas de uma mesma família. Família! Me convidaram a um ponche, talvez pq  Natal é um dia de paz, de amor ao próximo e por isso, tiveram pena de mim. Aceitei!
Mas nao, nao quero agora, quero correr, preciso ir as ruas; sentir frio; me arrepiar; fechar os olhos e abraçar o vento. Queria fugir! Liguei pra casa, meu coração batia forte, bem forte. Pai atende e , nao sabia o que falar, nao sabia de nada! Apenas: - pai?? ... Ele: - Tuti?? Chorei, que merda, não podia chorar! Ele: "silêncio". Que droga, o seu silêncio me fez perceber risadas, choros, gente correndo, cantando, brincando, era minha família. Família! Fechei os olhos, abracei um por um. Imaginei o vestido vermelho da minha mãe, os cabelos longos e enrolados de minha irmã mais velha, a rabanada do meu pai cheirando longe... primos contando piadas. Imaginei. Por um instante estive lá, eu sei disso, eu estive. Como se Deus permitisse que minha alma sobrevivesse, q ela fosse lá e eu ali, parada só o casco! Minha alma!
Pai me pediu pra eu não chorar. Eu continuei a chorar. Merda, nao podia! Não podia. Disse: obrigada! Beijos a todos.
Minha alma retorna, volto pro albergue, os fogos aumentam, meia noite se aproximara! Familia mexicana a minha espera, recebo o ponche com cana-de-açucar e uma erva vermelha. Contagem regressiva e meu coração batia fraco, bem fraco, calmo, confortado. Fui abraçada! Estava amando tanto aquelas pessoas.
Fechei os olhos e desejei com todo o meu coração a minha familia do Brasil. Talvez esse é o espírito natalino.
.... Deixando a região de Chiapas, precisava de sol, mar e agua fresca, precisava do Caribe... até amigos, com expedição México rumo ao Caribe.

segunda-feira, março 29

Expedição México - PaRtE 10

sítio arqueológico em Palenque
Poderia me perder nas fotos, poderia mais, deixá-las aqui: jogadas, intocáveis e penetrantes... 
México foi o firmamento! Do meu pé e das mãos que tocaram em solos maias...

O destino da vez foi Palenque, queria me perder em mais um sítio arqueológico maia e esse  é situado próximo do rio Usumacinta, 130 km a sul de Ciudad del Carmen.
 O sítio de Palenque é considerado de média dimensão, sendo menor que Tikal (Guatemala) e Copán Ruínas (Honduras).
As ruínas são formadas por um conjunto de cerca de 500 edifícios que ocupam uma extensão de mais de 15 km.
Mas e aquela paulista que eu conheci??? Ahh Cris estava ali comigo, só q eu segurava sua máquina e ela a minha, assim conhecíamos cada canto e registrávamos tudo. Até de outros lugares a gente relembrou, reviveu... Realmente viajar é um máximo!
"Acredita-se que a civilização maia de Palenque era originalmente liderada por mulheres.


Até amigos, com mais exposições, ou melhor expedições! ahahah As fotos me alimentam

domingo, março 21

Expedição México - PaRtE 9

los niños brincando, bem próximos a mim.

Sem muito pra postar, apenas imagens, essas que falarão por mim. O passeio escolhido foi até Águas Azuis, sentido Palenque!! E Cascata Misol - Ha.... lá que conheci a primeira brasileira da viagem, Cris, uma paulista que me fez enxergar algumas coisas sobre Sampa!!! Valeu amiga!

sábado, março 20

Expedição México - PaRtE 8

tirei essa foto no Mercado de Chiapa de Corzo
Das certezas que tenho, uma é, absolutamente desconhecida! (hahahah)...
Como o México me encanta...
Das flores, frutos e cores... a beleza dos legumes e a suavidade das combinações. Muito além salada, eu vibro com a natureza. "El cambio de las colores"!!!
"(...) Después de la visitación en el Cañón del Sumidero, me voy al centro de la ciudad llamada: Chiapa de Corzo"
Fui então, a mais uma cidade pra guardar na memória, uma cidade que, me fez andar andar e andar e descobrir que tudo ficava ali mesmo, ao redor e na praça. Sem muita mordomia, restaurantes e hotéis luxuosos, Chiapa de Corzo se apresenta como a "queridinha do faroeste", bem particular, eu diria.
É a cidade mais antiga da região...Fica a 15 km de Tuxtla Gutierrez e 62 Km de San Cristóbal de Las Casas.
A praça principal, talvez sendo a única da cidade, é bem sossegada, aberta e limpa! O tempo ali, não passou! Isso se dá pelos gestos, olhares, roupas, comidas e a arquitetura do lugar.
 Dizem que essa estrutura de tijolos na praça, inspirou a coroa dos reis de Espanha.
"O crítico de arte  Francisco de la Maza comentou que "la gran fuente de Chiapa de Corzo, ella sola, vale un viaje a Chiapas. "  Uma viagem ao tempo, com direito a café,  torta de maça,frutas em coloridas e uma noiva de rosa correndo pra não se atrasar, ou fugindo, nao identifiquei!

Até amigos, com mais expedições: externas e internas!

terça-feira, março 16

Compartilhando o que é de ruim!

Hahaha!!  Da falsidade que a vida é, da piada de ser vivida!  Essa frase Não teria uma intensidade cômica se eu não tivesse um mojito, uma folha e uma caneta! hahahah!
Não é de hj que, conseguimos, ao mesmo tempo engolir sapos, ouvir merda, ler e escrever umas besteiras....
Os escritores nos mostram (dos centenários aos blogueiros atuais) que  expor e transpor delírios românticos através de poemas, textos irônicos e versos  maldosos com pitadas de ilusões sentimentais são mais fáceis (bem mais fáceis) do que encarar de frente, olho-no-olho,  um "Eu e você" no banco da praça da esquina de casa! 
  Muito embora, sabemos que, a arte se dá através da exposição do sofrimento, "o sea",todo bom artista sofre! De algum modo, sofre. Os temas prediletos: escuro, solidão, vazio, quarto, cigarro, bebida,violão, mulher desnuda... Minha notoriedade se dá pela admiração que sinto, por:
Clarice Lispector -  "O grito áspero e agudo e prolongado,o grito que eu, por falso respeito humano não dei". Meu Deus, daria um beijo na boca quem me contasse esse segredo de Lipesctor.
Álvares de Azevedo: "Eu deixo a vida como deixa o tédio...", mas que tédio é esse que o faz escrever tão bem???
 Ariano Suassuna: "Sinto o roçar das asas amarelas e escuto essas canções encantatórias que tento, em vão, de mim desapossar." Que escravidão foi essa de Suassuna?
 Caetano Veloso -  "Você não me ensinou a te esquecer, você só me ensinou a te querer..." E agora, Veloso? Que coisa melosa! rs
William Shakespeare - "Depois de um tempo, você aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso." PQP, quem deu "perdidos" no Shakespeare?  Importa? Vc se  importa com que esses caras viveram, e se é que viveram? Da essência e da magnitude das palavras, os textos eternizam qualquer momento. Fazendo de versos, um refúgio para sua alma.
Eu não sei ao certo, do sofrimento de Clarice, mas o sinto quando tenho um livro em mãos. Sinto que ela me dá as boas-vindas e me convida para um cigarro. Minha angustia se entrelaça nos suspiros a cada passada de página.
Não, não sofro por desilusões, negações ou fim de alguma coisa.Sofro por falso-amor, palavras-soltas e passos não dados. Sofro pelo futuro-do-pretérito!

Já dizendo para todos os escritores, e que assim sejam, Ferreira Gullar os libertam:

"Uma parte de mim

é todo mundo

outra parte é ninguém"



(...)

sábado, março 13

Expedição México - PaRtE 7

Cañón del Sumidero
Um encontro com a natureza, precisava disso!
Saimos então (eu e Mahmet, amigo mulçumano) de San Cristobal em direção ao Parque Nacional Cañón del Sumidero. Dai que descobri o símbolo da bandeira de Chiapas, é um desenho de um canõn! A representação maior de uma região, de um povo, a natureza que os envolve.
De lancha, fomos visitar o afamado Cañon e percorremos o rio Grijalva entrando pelo Parque. Este cañon tem uma altura máxima de 1000 metros; entre as vertentes rochosas e o rio existe uma grande variedade de plantas oferencendo  habitat a várias espécies de animais. Belos animais, eu diria, como: macacos, aranhas, crocodilos, iguanas, pássaros...
Durante o passeio de lancha passávamos por diversos pontos onde pudemos observar erosões rochosas com formas particulares, sim, eu dou vida à coisas! Vimos ainda uma espectacular queda de água, com variadíssimas espécies de musgos e orquídeas que no seu conjunto davam um aspecto de árvore de Natal em torno da cascata. Era sim, uma bela e grandiosa obra-prima da natureza.
Dividia a viagem com uma sensação esquisita: a de que a qualquer momento cairia da lancha. Só pensava numa coisa: um jeito de segurar a câmera até alcançar a margem!!!! rs Não podia perder aquela maravilha em fotos...
O vento batia firme, as gotas geladas de água envolviam meus braços  num balançar supremo e calmo! Isso sim é Deus. México,um contato, um arrepio!

... Conta a lenda que quando chegaram os conquistadores espanhóis, famílias inteiras de índios preferiram saltar da vertente mais alta do cañon ao invés de se submeterem à vontade deles.
insquecível esse lugar

quarta-feira, março 10

Mulher, eu quero ser!


Adoro! Adoro a mulher latina, não que as outras sejam menos mulheres. Na realidade, não é isso.
Trago para o meu mundo, meu sur(real) mundo. O convivio e experiências do dia-a-dia, bem como em viagens, me mostraram / me mostram uma realidade, essa que devemos respeitar. Mulher sofrida, não essa "Helena" que a novela retrata. (dando um gancho no post do escritor Mayer - adoro o que escreve). Mas sofrimento de pobreza, sujeira, luta, familia... 
Mas, caso não saiba, esta data existe a 100 anos, o dia internaional da Mulher, exatos 100 anos... Uma  luta (des)armada que a constituiu!
Tá! Que felicidade, na reunião do trabalho, uma salva de palmas para nós, mulheres... mesmo assim o dia correu naturalmente entre homens e mulheres. Uma mensagem no meu cel ( que só chegara dia seguinte) me bate um sentimento de orgulho: Parabéns pelo seu dia, vc merece, mulher moderna, batalhadora, inteligente. E o dia continuou bravamente como sempre! 
Mas esse dia, o das mulheres, me fez lembrar de algumas coisas... Fiquei imaginando aquele tempo, o tempo da vovó: café quente e forte q fazia suar a garrafa. Bolinho de chuva com açúcar e canela. Arroz fresquinho e bolo assando... Um carinho aqui, uma história dali, um cabelo penteado acolá, um sorriso de lá.
Ahh gente, sinceramente. Desculpem as mulheres de todo o mundo! Desculpa por nao falar desses 100 anos de luta! Mas sinto falta! De família, de casa, de mim! Sinto falta da minha mãe que por eu trabalhar demais nao a vejo desde o carnaval. Não, eu nao quero medir esforços com homem nenhum, eu quero sim, direitos e igualdade perante a lei! A lei dos "homens".
Hj já nao existe mais aquele tempo gostoso de casa, e os filhos? Vcs sabem aonde seus filhos estão? Cuidado, vc tem certeza q ele está no quarto, mas essa telinha virtual o faz levar pra bem longe!!!  E a máquina de lavar roupa? A louça do jantar? Aaaaa esquece, né, tem a faxineira dia seguinte!! Tá todo mundo virtual... o contato já acabou faz tempo. Mas já diziam que quem agregava valor era a mulher, a mãe! 
Eu posso até saber trocar lâmpada, pregar um quadro, pintar parede. Mas de tanto querermos isso que espantamos os "donos das ferramentas". Buscamos tudo, o tempo todo, mas esquecemos de um tudo básico: o amor, o lar, a familia. 
Não queria lutar, queria apenas compartilhar, os dois num mesmo sentido e se possível ao lado e de mãos dadas. :)

domingo, março 7

Expedição México - PaRtE 6

caminhando pela manhã, as impressões são fortes
Enfim, a tão charmosa cidade do interior do México. San Cristóbal de Las Casas.
Parecia q estava dentro de um filme mexicano: Frida! hahaah adoro esse filme....
Uma cidade além revolução Zapatista, uma cidade bucólica, alegre, limpa. O único frio se dá pela brisa da manhã, digo único pq o calor humano supera qualquer tempestade e rajadas de vento. É tão transparente, tão envolvente, essa cidade é mágica! Me faz lembrar de Ouro Preto - MG com menos ladeiras.
A cerca de 2.250 metros de altitude, esta cidade se destaca genuinamente como a alma do estado de Chiapas. Bastou a primeira caminhada do dia para que pausas circunstanciais fossem o reflexo de ordem e color. As ruas desta cidade se formam como peças de quebra-cabeça, daí que comecei a entender a sua magia e encanto.
No centro histórico convergem silhuetas de telhados (maior superfície coberta por telhas do país) pátios, praças  e varandas floridas de fachadas barrocas, construções de estilo neo-clássico. Nos mercados é notório identificar o espetacular artesanato chiapaneco (variando-se em tons garridos). Os habitantes sempre simpáticos e amistosos, mantêm-se fiéis à sua cultura e origem usando vestuário tradicional bastante particular. O sorriso me faz enxergar sua alma, o olhar penetrante e periclitante de um povo pobre, porém honrado.

As igrejas são diferentes umas das outras, mas que passam uma única mensagem para um povo orgulhoso da fé que o sustentam. Curiosidade: alguns santos nas igrejas, não têm braços, e aquilo me intrigou, mas é pq os antigos acreditavam que arrancando seus braços, eles não fugiriam... (boa, ahahah)
... e ainda nem falei sobre: comida, gente, bebida (arribaaaaa)....
Muita coisa está por vir... prefiro saborear aos poucos, prefiro reviver cada pedacinho... A nostalgia me consome!
Hasta amigos, com mais expedições

sábado, março 6

Expedição México - PaRtE 5

Albergue Casa Jardin, San Cristobál de Las Casas

O movimento Zapatista realmente mexeu comigo, uma forma de se expressar que, para um povo, nada mais é do que de se defender...
Voltando pra San Cristóbal. Fiquei tão encantada com o albergue e os donos que falarei um pouquinho aqui.
Quando chegamos nessa cidade, eu e Mahmet (um mulçumano que conheci em Tapachula) não sabíamos aonde ficar, eis então, que uma mulher nos para na rodoviária e nos oferece seu albergue, 5 dólares a diária com "desayuno", o nome é: Casa Jardin.
Era manhã, estava cansada e com dores na coluna, não aguentava mais a mochila nas minhas costas tb... então fomos com a moça.
A simplicidade e simpatia deixaram o ar mais familiar. Um cheirinho de café quentinho e um barulho na frigideira. Sim, eram ovos fritando... Hummm!!! "Buen día amigos, que sean bienvenidos! Vamos a tomar el desayuno y quedan a  la vontad! Sus dormitorio es este y el baño queda aquí cerca de ustedes. Qualquier problema dormimos acá tambien, pueden llamarnos. Y nosotros amamos los brasileños, mucho gusto quando estan aqui!" Caramba, só podia dizer, "gracias por su hospitalidad" Ainda mais pq já estava carente e sentimental demais pois o natal se aproximava...
E na cozinha, com uma xícara colorida de café preto forte com pouco açucar e  no prato, omelete e pão. Alemão, brasileiro, suiço, colombianos, chilenos, tudo num só lugar! Adoro essa globalização do bem!!! E adoro "pan con huevo"...
Primeiras impressões da cidade, pode ser besteira, mas um lugar acolhedor com gente do bem, fazem a diferença em qualquer viagem. Essas coisas me marcam! (Foto ao lado, tomando ponche com ervas vermelhas e cana-de-açúcar, no dia de Natal)
Hasta amigos... no próximo  post mais sobre a cidade.

quarta-feira, março 3

Silêncio

Já já volto com expedição México, mas nesse aqui, eu preciso ficar "quieta"...
Sobre o silêncio,
Louco isso? Encaro assim, do jeito "Vida como ela é" e exatamente assim como vou vivendo...  Apesar de detestar o vazio que o silêncio "preenche".
Louco isso?  Minha rotina me atormenta como um silencioso fantasma. Não me faz nada, mas sei  que tá lá, existe! Um vazio que apavora.
Me diz se é isso é louco? Não ter o que falar ou que escrever, mas ter fortes dores " pulsativas"( como diz uma amiga) de cabeça, por ela ainda resistir ao silêncio e me dando a sensação de que lá dentro há uma explosão de fogos de artifício.
Definitivamente, alguma parte de mim ignora e se "silencia", outra parte grita, me dando a sensação de estar presa num sonho. (já aconteceu isso com vc? Tentar gritar mas nao consegue!) hahahah. Pois é : É a famosa disciplina incoerente do ser!
*blog: pensamentos, textos e poesias da Fran
"Aprende com o silêncio a ouvir os sons interiores da sua alma,
a calar-se nas discussões e assim evitar tragédias e desafetos,
aprende com o silêncio a respeitar a opinião dos outros, por mais contrária que seja da sua,
aprende com o silêncio a aceitar alguns fatos que você provocou,
a ser humilde deixando o orgulho gritar lá fora.

Aprende com o silêncio a reparar nas coisas mais simples,
valorizar o que é belo, ouvir o que faz algum sentido,
evitar reclamações vazias e sem sentido,
aprende com o silêncio que a solidão não é o pior castigo,
existem companhias bem piores....

Aprende com o silêncio que a vida é boa, que nós só precisamos
olhar para o lado certo, ouvir a música certa, ler o livro certo,
que pode ser qualquer livro, desde que você o leia até o fim.

Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo,
como as marés que insistem em ir e voltar,
os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar,
como a Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo,
complete a sua tarefa.

Aprende com o silêncio a respeitar a sua vida, valorizar o seu dia,
enxergar em você as qualidades que possui,
equilibrar os defeitos que você tem e sabe que precisa corrigir
e enxergar aqueles que você ainda não descobriu .

Aprende com o silêncio a relaxar, mesmo no pior trânsito, na maior
das cobranças, na briga mais acalorada, na discussão entre familiares,
aprende com o silêncio a respeitar o seu "eu",
a valorizar o ser humano que você é,
a respeitar o Templo que é o seu corpo,
e o santuário que é a sua vida.

Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito,
que ouvir ainda é melhor que muito falar, e em respeito a você,
eu me calo, me silencio, para que você possa ouvir o seu interior que quer lhe falar,
desejar-lhe um dia vitorioso e confirmar que você é especial. "

*foto tirada no jardim Botânico, RJ