terça-feira, dezembro 20

Expedição: África

tirei essa foto em Limpopo Province


De volta! Um tempo sem blog, uma forma de me "conectar" com o mundo.m
Um tempo para me dedicar à viagens, comida e pessoas...
Dos caminhos percorridos na Europa, eu quase aqui não pisei. (postarei aos poucos)...
Mas o destino da vez foi África do Sul! Decidi mudar a rota, traçar novos horizontes. Dessa vez levei comigo um "moleskine" - presente especial de Leiria - Portugal... (curiosidade -Darwin levou um em sua expedição a Ilhas Galápagos)...
África já era um destino que martelava minha cabeça, precisava sentir o "approach" desse lugar.. Dai que essa sensação "solitária - alone - sola" já não cabia em meus planos. E exatamente por 1 mês vivi com pessoas absolutamente diferentes e verdadeiramente, as mais importantes naquele momento de (re)construção pessoal... Pude enxergar minha solidão compartilhada.
África é muito além Safari... Delícias de bailes tropicais em sábado a noite, comidas apimentadas e jantares religiosamente servidos às 18:00hs; vinhos fenomenais...e pessoas! Pessoas assimétricas de cantos opostos! Traduzindo: globalização do bem!
Até amigos, com Expedição África do Sul!

quarta-feira, julho 20

Vinte absurdos viajados



Vinte paises visitados;
Vinte tantos anos já vividos;
Vinte e tantas histórias contadas;
Vinte experiências adquiridas;
Vinte...
Vinte de julho (hoje)


"Vinte" ver hoje... por aqui.
Espero outras vinte vezes mais!
Até

domingo, março 20

Não querer é poder

Tirei essa foto na Fazenda Taquara - RJ
Foco!
Essa é a bendita palavra que me deixa por vezes, sem ação.
Não consigo aceitar a possiblidade de viver focada e tão somente naquilo que quero. Mas e aquilo que não quero?
Já me basta o dia-a-dia que nem meu é. Que nem sou eu. Que não me é.
Sou carregada pela rotina, como se ela me arrastasse todos os dias, só pra eu não perder o foco.
Foco?
Já decidi que, o que quero é não querer.
E é por isso que viajo, só assim me faço, por alguns instantes, focada nas minhas fotografias.
De volta e com mais expedições - Até a próxima pessoal, com mais Europa e seus encantos escondidos - Paris, Madrid, Itália e Portugal

terça-feira, fevereiro 15

Expedição Cuba - FiM



Essa expedição chega ao fim. Chego ao fim... Desejando outros começos...
Última parada: Varadero.

Praia, música, calor... Um verdadeiro momento de entrega. Aqueles momentos em que "somos aquilo que desejamos".
Alguns dias no paraíso. Fora da realidade. Fora de mim.
Deixei tudo que pude trancado numa mala - guias, anotações, livros, documentos....
Separei o necessário para viver o impossível, o incontestável.
Além de uma boa comida, tinha também, boas companhias nos horários gastronômicos - tratei logo de fazer amizade com o cozinheiro. Meu peixe grelhado estava sempre a minha espera. Com direito a cola cubana bem gelada, servida por um cubano de dois metros de altura. Muito bem servida por sinal. Amizade fiz, prazeres, (re)fiz...
Estava em uma sequência de movimentos - não sabia pra onde iria, não sabia o que queria.... mas eu sabia que aquilo finalizaria ao 12:00hs de uma segunda-feira.
Volto e na roupa carrego aquele suave cheiro impregnado. Coisa boa - leve

Adeus Cuba, obrigada por todas aquelas ruas que andei. Conheci uma Cuba cheia de revelações.


domingo, janeiro 23

Expedição Cuba - PaRtE 9

Os caminhos já foram percorridos... O destino finalizado... O tumulto termina... A grandiosidade se inicia...
Muito embora tenha chegado ao fim dessa expedição e de volta à Havana, eu ainda precisava descansar. Não fui à  Cuba pra deitar numa rede, segurando em uma das mãos um copo de mojito e a outra levada ao chão, fazendo o balanço leve, vai-vem. Fui à Cuba para, pura e simplesmente sentir. Desde aquela brisa na sacada do quarto em Havana até aquele cheiro de charuto pelas ruas - Che caminha e dobra às esquinas. Mas eu precisava descansar. E fui até Varadero pra isso. (próximo post)...

De volta à Havana e tudo muito diferente. Aquela gente não mudou, nem os carros e muito menos as calçadas. Mas a minha percepção mudou. Eu mudei. E tudo mudou. O mar me encarava, coisa que nos primeiros dias não. O hotel já não era tão vazio e enorme. O elevador já não me metia medo. Soube chegar ao quarto, como se estivesse em uma linha reta. Sentia-me em casa. E ligo a TV e mais governo. Fidel, com uma voz cansada e falha pôde me informar alguns capítulos de seu mais novo livro. Não hesitei, fui às ruas e comprei por um preço: 25 cucs. "Tudo tem seu preço". Últimos passeios em Havana e dessa vez optei pela bela e extraordinária natureza. A montanha, as grutas, as pedras... Queriam nos mostrar uma bebida típica, com valor calórico substancial e quando gelada, dá excelente sensação de frescor. Caldo de cana! Só esqueceram de oferecer pastel!!!hahaha
Conheci duas brasileiras e isso é motivo de comemoração. Muito raro conhecer brasileiros nas minhas viagens. Duas queridas e simpáticas aventureiras. Duas que  vieram pra somar. Pude desfrutar da companhia e pudemos observar juntas. Dessa vez tive com quem compartilhar. Bebemos piña colada no almoço... "Sacamos" fotografias... Miramos o horizonte... E a chegada do "adeus"... Que nada, pelo delicado da vida e destino, ficamos no mesmo hotel... Mesmo andar!!! E ainda teríamos uma noite toda pela frente.
Exaustas, chegamos no bairro do hotel,  compramos bebidas para uma noite quente cubana. Mesmo ainda sem definição do que fazer, mas já tínhamos as bebidas! 
Fui a primeira a tomar banho e corri pra minha sacada, e estava lá , o sol avermelhado dando adeus e uma rua vazia recebendo a última luz do dia.
Corri pro quarto das meninas, trocamos excelentes ideias de tudo que é tipo; gosto; sexo e religião... Mesmo com aquela cerveja quente comprada a poucos minutos, saboreamos como se fossem as últimas latinhas de Cuba...
Fomos pra rua. Chamamos um táxi, destino: Forte. Pela noite  há um ritual em que homens disparam o canhão. Esperamos até o fim. E lá do alto a vista era coisa de cinema. E o calor não combinava com a vontade de andar por aquelas passarelas por detrás a uma muralha...
A noite não poderia acabar por ali. Sentíamos a necessidade de comemorar ou de despedir de alguma coisa. Sim, eu estava de partida. Dia seguinte, desfrutaria do mar caribeño, enquanto que elas, das ruas calientes e misteriosas de Havana.
Chegamos ao hotel, logo na entrada há um cartaz com toda a programação da noite cubana - de segunda a domingo. No último andar do hotel há um bar-show. A felicidade foi saber que, teríamos mais um tempo juntas. Corri ao meu quarto, troquei de roupa -claro! Um show cubano pediria um modelito mais leve, solto. Um vestido a la cubana! Bebi minha última latinha e fomos! Apesar do ambiente hostil totalmente "gringo", três brasileiras fazem o lugar.
Assim como em filmes, o bar apresentava características sofisticadas, em que o garçom se limita num círculo em que cadeiras ficam ao seu redor. (Como queríamos um mojito,mas o preço desanimava). Compramos! Brindamos! Comemoramos! 
Russos, muito deles! E nós três! 
Começa o show. Mulheres cubanas sensacionais, lindas e vibrantes. O som, a voz, o rebolado... coisa pra gringo nenhum botar defeito... E na cadeira dançavamos... Fechei meus olhos e toquei meus cabelos, sentia calor e a vibração daquele som. Algo se movia.. Era o teto, abriu como se fosse um pedido aos céus. E aquelas estrelas invadiram o espetáculo. 
Como de costume, em shows para gringos, a cantora desce do palco e busca algumas pessoas... Aquele seu vestido colado e um rebolado invejável, atravessa o salão buscando algumas pessoas pelas mãos. Aquilo seria divertido até o momento em que sinto uma mão suada segurando a minha... "Venga, venga" De dónde eres? Soy de Brasil! Aaaaiiii Brasil me encanta! Tienes que venir aca a bailar... Minha reação foi olhar para trás e minhas amigas brasileiras falaram uma só palavra junto àquele olhar de aprovação: Vai! 
Talvez a cerveja quente, mais um mojito aos olhos da cara, fizeram-me acreditar que, eu poderia dançar como as cubanas. Se foi igual, eu não sei. Mas que dancei até chão, dancei!
Esses foram os dias em Havana... e o fim se aproxima. Malas prontas para el Caribe!!!! 
Até amigos. Próxima e última parada, Varadero!

sexta-feira, janeiro 7

Refém da solidão


.Um raminho de manjericão fresco e uns botões de rosas falsas dão graça ao ambiente hostil que me encontro - um arranjo do meu desarranjo - uma mesa simples porém arrumada (curto isso)
..Antes de escrever e moldar o final da  história - minha e a de Cuba pelos caminhos percorridos e conquistados (" A experiência individual não vale de nada se não for compartilhada" - frase do Tio None), devo admitir uma falha, um refúgio, uma solidão - essa, vem, vai, passa, arde o peito, aperta o coração... Mando uma música...

Estava aqui dando alguns toques e retoques da próxima trip (Europa) mas lá vai, não aguentei e...
Mas não dizem que é na ausência que se constrói a saudade... e também que a saudade não é o tempero do amor??! Eis então música de Paulo C Pinheiro - Refém da Solidão


Quem da solidão fez seu bem
Vai terminar seu refém
E a vida pára também
Não vai nem vem
Vira uma certa paz
Que não faz nem desfaz
Tornando as coisas banais
E o ser humano incapaz de prosseguir
Sem ter pra onde ir
Infelizmente eu nada fiz
Não fui feliz nem infeliz
Eu fui somente um aprendiz
Daquilo que eu não quis
Aprendiz de morrer
Mas pra aprender a morrer
Foi necessário viver
E eu viviMas nunca descobri
Se essa vida existe
Ou essa gente é que insiste
Em dizer que é triste ou que é feliz
Vendo a vida passar
E essa vida é uma atriz
Que corta o bem na raiz
E faz do mal cicatriz
Vai ver até que essa vida é morte
E a morte éA vida que se quer
PQP! Essa música diz tudo ou engana tudo! nota 10
Até amigos