quarta-feira, novembro 21

Em pleno aniversário meu

Em pleno "cumpleanõs" venho aqui celebrar o indivíduo presente/ausente que me tornei...
Um eu mais suave e sereno... mais rebelde e "cagado de urubu"...
Nem estou gostando mais dessa história de festejar mais um ano de vida... tá perdendo a graça, por isso venho desejar -Feliz Ano Velho - ooooooo saudade desse tempo

O 1º aninho(Amiguinho, venha comemorar meu 1º aniversário...), nem me lembro, mas as fotos me mostram que foi inesquecível - de Moranguinho, vestidinho rodado e fita na cabeça - cara de índia e totalmente agitada... irmãs com o mesmo vestido (minha mãe adorava isso)... E vejo que até hoje mães fazem festas da turma da Moranguinho para seus filhotes...
O de 15 anos - Novamente de vestido,mas não da Moranguinho...Indo para o Paraguay jogar bola - festa essa que vi amigos e amigos de amigos presentes, até conheci pessoas na minha festa... Momento vergonhoso (quem não tem?) A hora de dançar valsa - meu pai, padrinho, etc e etc, dai vem a hora de dançar com o mais bonitinho da festa (amor platônico) e não é que ele deu uma rodada e deu um beijinho roubado, droga- fiquei com tanta vergonha q nem aproveitei o momento, só pensava no meu pai olhando aquilo...
O de 18 anos - já de volta do Paraguay, estudando, jogando e vendo os amigos partirem - percebi que foram menos... dessa vez sem penetras...
O de 21 - ano passado - morava numa república onde todos os aniversários se comemoravam... E o meu não seria diferente, certo? Errado! Não na hora que supostamente esperava.
Deitei na cama pensando no projeto que tinha que desenvolver no trabalho ( na época era estagiária), nas provas da faculdade, na gordurinha a mais ou a menos...mas a surpresa acontece - 7:00 da manhã, eis que surge um parabéns bem alto - acordei rindo / chorando... com frutas, doces, cachorro - quente... Logo após festinha surpresa no trabalho...gostei do carinho, aliás, carinho nunca é d+...
Bom, foram esses os "the best", e para esse ano?? E para o agora?? Não espero muita coisa, apesar de já ter recebido felicitações, não darei festas e nem esperarei 1 ou 2 surpresas... Nem uma viagem inesperada... Vou levando e agradecendo...Sim pq as coisas me acontecem rapidamente, ainda bem que a maioria boas, né!
Todo aniversário é único, sim , mas esse: dia 22, idade 22 - é coisa de maluco ou não é?!
Resolvi escrever meu prórpio presente, já que o assunto sou "eu", baseado no pós-modernismo que nos encontramos:

Escrevo pra mim mesma- e o título do meu texto é:

Individualidade
A compreensão e até mesmo a preocupação no que chamamos de “futuro dos homens” se delimitavam e se delimitam por grandes pensadores, sociólogos e críticos de todos os tempos.
Percebe-se que a mudança vem sendo estudada e criticada até então num período atual: pós – moderno. Essas variações são: no comportamento, na personalidade, na complexidade do caráter individual e que essas estão “decifradas” na evolução (ou podemos chamar de delírio) humana.
A característica como indivíduo: ser que transforma, vive, carrega e disputa, vem sendo confrontada, digamos que uma metamorfose simultânea a ponto de percebermos que o indivíduo nunca é um só e sim caracterizado por um grupo pluralista, pelo seu poder de alienação / compra, pela sua saúde e gastos gerais exagerados – pelo que demonstra ser e não pelo que pensa, ou que define seu “eu”.
Mudança de comportamento, linguagem e até sonhos, sim! Pois os sonhos se tornam coletivos, catalogados (Já dizia Clarice Lispector). São expressões notórias do pós – modernismo.
A conquista está em torno de uma vida exposta, de se ter e cada vez mais, consumir e cada vez mais, mostrar que o seu “eu” é aceito num grupo e que o “individual” é cada vez menos.
O exagero, o consumo, tecnologias, posses, questões que nos fazem entrar numa guerra sem fim, onde o prazer é externo e momentâneo.
Estamos para alguém e não para nós mesmos.
Construímos muralhas e logo após, pontes – Sim! Pontes que nos fazem ultrapassar barreiras porque não agüentamos o aprisionamento de nós mesmos por muito tempo.
Temos construído fortalezas, admirações, prazeres, mas não sabemos lidar com sensações, angústias. Esquecemos que, momentos de paz são aqueles mais simplórios, diante do verde da natureza ou o azul do mar escancarados na nossa frente, mas o que enxergamos são nossas próprias dificuldades e mais ainda, alimentamos uma tristeza sem fim.
Hoje se vive o “ter” e não o “ser”, para tanto é preciso ter o suficiente para que sejamos bem vistos em torno de uma sociedade crítica, preconceituosa e aniquiladora.
“Quem sou eu?” Pergunta essa no profile de um site de entretenimento (orkut) – as respostas são individuais, porém pré-fabricadas, moldadas diante do que assistimos na televisão, filme e em personalidades importantes, fazendo então parecer com nossa vida, nosso perfil, nosso “eu”.
Não vivemos mais no anonimato, claro! Porque viver assim é sem graça, uma vida sem ações. Por isso declaramos que nossa vida é um livro aberto, com direito a visitantes deixarem seus comentários (nos blogs).
Mostramos o que é real/abstrato, verdadeiro/intrigante, bonito, para instigar os que acompanham esse livro. Será uma farsa? Ocultamos muitas coisas pois ..."sabemos que mostrar quem verdadeiramente somos ou que pensamos estaríamos cometendo uma terrível gafe...", para quem acompanha nossa “individualidade coletiva”.

Sem dizer mais nada, pois vou cometer uma gafe...

domingo, novembro 18

Festival de teatro - Angra dos Reis /RJ

Querido mundo
A IV festa Internacional de teatro de Angra contou com um público diversificado, um cenário de dar gosto e contou tb com a chuva e o frio que deu até uma graça no ambiente!
Para os dias 10 a 19 uma tenda foi armada no meio da cidade e é claro os espetáculos eram exibidos tb no teatro municipal, preços de R$ 5,00 até R$ 40,00, bem sugestivo, ainda mais que, estudante pagava sua querida meia! UFA! rs
Contou tb com participações de: Clarice Niskier - A alma Imoral (chocante, mas arrebatador), O Homem vivo ( ao som do pianista João Carlo Assis Brasil), Querido Mundo (texto de Miguel Falabela e Maria Carmem, divertido mas que nos faz pensar, através de tanta desgraça ainda temos motivos para amar)... Um espetáculo por dia e que agradou... sim! "É como se não tivesse uma barreira entre vc e sua tv", "Como se nos transportássemos do sofá para poltrona do teatro", mais ainda... como se a única barreira seria o tablado e ali personagens vivos e falantes, encantando ao vivo o público de casa!

Aproveitando o teatro, o passeio tb foi agradável, ali pertinho barcos se entrelaçavam e o vento embalava como se tivesse fazendo a maré dormir.
A chuvinha não atrapalhou, molhou, mas não assustou!
O encantamento foi ver que, a arte permanece e que, viver é uma...


... E aí as noistes chegam, frias, serenas e iluminadas... chegam pra mim, pra vc... A expedição dita e sem nome faz e fez parte de mim, do meu mundo e de pessoas que foram com a simples vontade de rir, chorar, entender ou confirmar... Pq afinal, "cada um com seu cada qual"...

Até e voltocom a Expedição Bolívia, besitos

quinta-feira, novembro 15

Só o vento sabe...

...Acreditar que : quando penso no futuro, não esqueço o meu passado... por isso, tomo cuidado! Tirei isso da música de Marisa Monte...

Certa vez deparei-me com uma letra de música - Zdenek Rytir de Karel Svoboda - Tchecoslováquia

"Voz Longínqua"
Baixa e Longínqua
É a voz que ouço. De onde vem,
Fraca e vaga?
Aprisiona-me nas palavras,
Custa-me entender
As coisas pelas quais pergunta
Não sei e não sei
Como responder-lhe-ei
Só o vento sabe,
Só o sol sábio conhece.
Pássaros pensativos,
O amor é belo.
Me insinuam algo.
E o mais
Só o vento sabe,
Só o sol conhece.
Por que, ao longe, erguem-se as rochas,
Por que vem o amor?
As pessoas são indiferentes,
Por que tudo lhes sai bem?
Por que eu não posso mudar o mundo?
Por que não sei beijar?
Não sei não sei
Talvez um dia compreenda.
Só o vento sabe,
Só o sol sábio conhece.
Pássaros pensativos,
O amor é belo,
Me insinuam algo.
E o mais,
Só o vento sabe,
Só o sol conhece
Fim de semana achei, achei um árvore que já sabia de sua existência, mas q nunca tive vontade de estar por lá, mas agora, a vontade surgiu e gostei! Árvore com 100, 200 ou 300 anos?? Mas ai só o "vento sabe e o sol conhece"...
Deixa eu ir, pq o Festival de Teatro em Angra não espera...
Até e com notícias do festival!

domingo, novembro 11

Expedição Bolívia PaRtE - 3


O dia, a tarde, o sol, o vento... o frio e eu...

Ruas, ruínas e ruelas...essa é a Bolívia...


Decidi então.... a caminhar a conhecer a criar... a ver!
Foi difícil tratar de um assunto tão polémico (para os bolivianos), mas conversa vai, conversa vem tentei puxar sobre Evo e ai, ahahahah, e ai nada! Não se fala abertamente no que se está acontecendo na Bolívia, no que se é e o que aparenta ser ou melhor, no que está dentro de cada um! Lembro de um dia em que eu e Pablo caminhamos na zona sul da Bolívia, entrando e saindo das livrarias, observando, admirando o óbvio (livros) e percebi que na verdade ele queria me mostrar uma Bolívia paralela: um lindo país, de forte cultura e rica em belezas naturais, além disso tentava me convencer de que seu Carnaval em Oruro era mais folclórico e cultural q do Brasil ( tudo bem, mas Carnaval brasileiro é mais animado) e ai ele disse: un Carnaval mas caliente, verdad?? Calei-me, era tudo q podia fazer... rs mas enfim, em meio a tantos livros, Pablo que é arquitecto e o mais legal de tudo irá se encontrar com minha irmã na Itália em seu doutorado - "esse mundo é uma ervilha" como diz querida Julinha... mas voltando ao assunto Evo, tentei entender o pq de tantas manifestações - eram quase q diárias (na última foto), e ai vem a questão de uma outra Bolívia: a pobre, a explorada, a esquecida... diferente do BR?? Mas p q nenhuma palavra para Evo?? É uma Bolívia divida, um lado indígenas contando com o presidente e do outro europeia contando com a família que fiquei e ai vem a explicação: o preconceito! Mas como assim?? Todos têm traços completamante malucos - assim como nós, brasileiros... indígenas ou não são pessoas e a única coisa pura de tudo isso é a total miscigenação, fazendo que vários se tornem um só! Mas enfim, não tratamos mais de política, afinal:"cada um com seu cada qual"...
Deixando Pablo e Evo, fui caminhar sozinha -me deu uma felicidade angustiada de satisfeita doida - que fiquei na rua olhando e procurando... achei?? ahaahaha Achei sim, uma tremenda falta de compostura, que vergonha, passei mal, vomitei - isso tudo pq vale lembrar que fui pra capital mais alta do MUNDO com mais de 3000 m de altitude... tomei chá de coca, remédio e não tem jeito, tem q deitar... mas as vezes fico em dúvida: foi mesmo a altitude ou a comida?? Nem iria tocar nesse assunto mas... realmente quem quiser ir e digo que deve ir, mas tome cuidado com que come, não se deve comer em qualquer barraquinha, as coisas ficam ao ar livre... e ruas e mais ruas vendendo de tudo, sem contar no grande artesanato com forte influência peruana...é lindo d+, sou completamente apaixonada!
Meio de transporte é muito barato e então aproveitei: andei de van, ônibus, taxi, taxi coletivo... mas cuidado ônibus é velho, carro podem cobrar mais pelo fato de ser turista... mas a van é legal só vai apertando, apertando e quando vc vê está sentado ao lado de uma camponesa, coisa mais linda de se vÊÊÊ... eu adoro seu chapéu, seu bordado, cores e mais cores, tranças e um delicado contorno de ouro nos dentes...quando não carregam seus filhos nas costas...
Passeando por lá deparei com o Valle da Luna, impressionante, os carros passam no meio, onde estava na foto era a subida numa rodovia e dai depois passei por lá...
A foto onde mostra um terminal de ônibus, pois é... um começo dentro de um começo... eu que pensava q já estava dentro da aventura que era conhecer Bolívia, nem sabia o que me esperava, peguei um ônibus (4 horas) para uma outra cidade e depois um trem (10 horas) para uma outra cidade (Uyuni) e ai é a expedição começa...sozinha em meio ao deserto...mas essa fica para o próximo post, pq agora vou tratar de negócios, foi uma boa pedida investir na Vale e Petro! (até quando não sei)
Hasta la próxima

sexta-feira, novembro 2

Expedição Bolívia PaRtE - 2

Dulce
Bienvenida! E fico perplexa com o coração humano!


"Na minha opinião existem dois tipos de viajantes: os que viajam para fugir e os que viajam para buscar."
Érico Veríssimo
Sinceridade, prefiro dizer que: fujo pra viajar na busca... (dentro de mim mesma)...
Mesmo não entendendo o "Começo" das coisas, mesmo buscando através de seus movimentos alguma resposta limitada para meus anseios... nada! Não vejo saída a não ser de viver!
Mas posso dizer que o começo foi aqui, tudo começou aqui mesmo, nas simples aulas de espanhol, sabendo que minha professora era desses cantos (tão apreciados por mim mesma), boliviana, mais que isso, uma mulher com fortes raízes, talvez até Quéchuas... decidi então ir conhecer o solo amigo, conhecer a família dessa que me fez acreditar que as coisas acontecem...
... irei conhecer sua Bolívia! Viajar sozinha é assim: transborda a alma, se vive, se torna um escravo da arte de sentir a solidão - se faz amigos (e que amigos)... se escolhe, se cria, se tem saudade, se tem multidão, se tem medo, se tem fotos criativas, se tem ousadia e se tem percepções que nunca conseguirei passar e ultrapassá-las... (claro que se alguém quiser ir comigo vou amar do mesmo jeitinho especial, Florinha, onde está sua presença?!)
Pronto, estava lá na casa na rua Laguna de Cotacota, a porta se abre, para um lar desconhecido, uma família, uma casa, uma rua, uma emoção (única) e um laço estreitado estava por vir e ... conheci o quarto onde pude deitar e ver meu próprio sonho -
e abro a janela desse canto e observo: Cotacota (laguna na língua nativa),lugar fantástico, tranquilo e limpo! Lugar de passeio aos domingos, lugar onde se deita e beija, onde se senta e lê, onde se caminha e ouve trilhas sonoras... um lugar que sentei e apreciei...
E não é que Maria Luz (Marilu), minha mãe relâmpago gostava de tortugas tb... digo mãe relâmpago pq dei linha para o Salar, lago.... valles... fiquei poucos dias por lá... poucos que foram eternos e a a gratidão aumenta a medida que lembro da expdição paraguaia, da família de lá que me aturou por mais tempo, realmente esse povo daqui é especial!
2ªs percepções foram essas e as fortes estão por vir...
Besitos