domingo, março 29

Eu não mudo, apenas me reivento

...E num piscar de olhos as coisas mudam. Mas, eu mudo?
Há uns meses ouvi essa frase: "você tem um sonho, por quê não ter a realidade?"
Quando, depois de 3 anos na cidade em que mal desejei, mas que muito vivi resolvi encarar uma outra mudança...
Quando suas perdas e ganhos não estão em equilibrio ou quando a maior sintonia de corpo e alma já não te protegem das energias desequilibradas por ai...você, num ato libertador quase instintivo se convence que a hora chegou. 
E isso, sem muita explicação, faz-se de mim um ser inquieto sabendo exatamente a hora de mudar. 
Eu desejo uma mudança da mesma forma que minha mãe desejou me ver andar depois de arrastar bastante os meu joelhos no chão. 
Eu encaro uma mudança com a mesma razão quando meu pai teve ao conhecer meu primeiro namorado, aquele sentimento de: -"minha filha caçula é quase uma mulher". Talvez eu ainda seja aquela menina de joelhos ralados, mas eu ando por ai com pulmão cheio de ar pra encarar meus medos.
Dessa vez, eu precisei de um empurrão! Porque até para aceitar ajuda vcê precisa acreditar que, de tal forma ela te libertará. Foi ai que descobri um treinamento chamado "imersão leader training". O que posso dizer é, nada muda sua vida ou seu jeito de pensar se você não aceita ser diferente, se você não se reiventar...
E eis que uma manhã de uma segunda-feira passando pela sala, antes de fechar a porta passar a chave e ir trabalhar, como o de costume, eu parei por 1 min, talvez um pouco menos, talvez um pouco mais e olhei ao redor de cima pra baixo, do lado para o outro e fui embora. Desejei naquele instante a mudanča que eu queria pra minha vida, para o meu futuro. 
E foi assim, minha partida de Angra dos Reis ( última cidade vivida no Estado do Rio de Janeiro) para São Paulo capital foi da mais libertadora que já passei.
Doei todas as minhas roupas, das mais elegantes as mais inuteis, dos sapatos só restarm um tênis de corrida e uma sandália branca de palha. 
Dos móveis, das pequenas  coisas doadas, ate aquela cama que desarrumei por 3 anos vendida a um preço, cujo sabor da liberdade pouco importa o quanto pagaram, o sentimento de desapego foi o maior alívio que já senti. 
Meu último disrcuso foi, que sejam felizes com as coisas que fizeram parte da minha casa, da minha vida. Assim como fui, de todo meu coração. E se um dia quiserem se libertar, doem para a felicidade de alguém. 
Medo, ansiedade, frio na barriga... O novo assusta, porém o que se torna mais assustador é a rotina derrotista e de autosabotagem que se constroi no ser-humano. 
Eu, muitas das vezes não acreditei. Pensei até em desistir. Mas encarei, com a mais pura curiosidade em saber o que Deus reservaria lá na frente pra mim. 
Eu vivo à mudança, mas eu não mudo... Eu, apenas me reivento.