sexta-feira, outubro 30

Expedição Guatemala - FiM


Vulcão Pacaya, pura atividade

A chegada. Sim, consegui! Desafiei tanto a lei da Gravidade quanto a minha própria lei de existência. Quebrei barreiras. Conquistei um visual surreal. Valeu a pena... meus dias na Guatemala valeram mmmuito, cada segundo.
Esqueci de comentar: um lindo "perro" subiu com a gente, era da guia, ela foi atrás até lá, lá no alto. Nos acompanhou passo-a-passo! Como havia falado tb, post abaixo, o garotinho foi a cavalo, porém até esse ponto ai da foto, o animal já não conseguia mais firmar-se no chão. Era pura terra do vulcão!
Bateu fome, o marshmallow estava lá, em alguns varetos alheios. Abri minha bolsa, bebi o resto de água que tinha e a barra de chocolate, pq mais parecia um manjar dos Deuses, derretida, estava mais que saborosa, era minha única refeição. Sentamos por ali mesmo, percebi que o chão estava beem quente,´claro, ao lado saia fogo, aquele vapor que parece boca de forno de casa de Vó. O chão afundava, surreal mesmo. Sorte minha de estar, naquele momento, com meu tênis guerreiro de todos os momentos, dos melhores, dos surreais, dos corriqueiros...
Prontos para descerem? O.K! Só que vamos descer de bunda. ??? Isso, bunda! Então fomos, quem ficou muito pra trás comia incessantemente poeira. Aquilo levantava de tal forma que tudo ficava preto. Huuulllll, vamossss, mão daqui, bunda de lá... descemos, até que parei pra tirar meu tênis, era pedra e areia, batia, socava e não parava de sair. Dei um UP no meu pé, coitado, a meia de branca estava com um tom amarelo mais um pretinho básico. (mas ela teve salvação). Pegamos todo aquele circuito mato até chegar lá no fim que foi o início, a partida!
 E de volta, com poucas e óbvias palavras, terminei um assunto com uma linda garota norueguesa que estava de vacaciones em Guatemala, ela vive na Nicarágua, dando aula de inglês voluntariamente para crianças de lá. Eu ainda abandonarei tudo e seguirei sem destino, sem prumo, sem rumo... (- changing lifestyles)....
... Mais uma vez em Antigua, perdida, encontro com Ton pela rua com amigos, abracei-o e logo me despedi, não aguentava ficar de pé, meus pés já não aguetavam, pediam arrego! Então, amigos, foi asssim, desse jeito que vos conto, com a alegria de quem, humildemente e verdadeiramente mostra um canto, uma aventura, uma descoberta! "Sei lá, sei la... só sei que é preciso paixão!"


Hum, mais uma coisa: não espere grandes realizações, grandes feitos e desfeitos. Não espere e não espera. Revele-se, corra, faça valer... Se quer sair de onde está, vá! Se quer abandonar algo que te angustie, largue! Se quer mais pra si, procure! Se quer amar, respeite! Se quer chamar a atenção, gritar e espernear, apenas sussurre, pq assim como falará de alma para alma! Se quer ser, seja verdadeiro, com vc mesmo! Ou se quiser chutar o balde, *foda-se, a vida é sua! Nós podemos ser e fazer a diferença. Sempre de um jeitinho acolhedor e amigável, pq estaremos sempre interligados por alguma teia que se envolve em outra, mais outra e mais e mais e....
Até amigos, com mais expedições...

domingo, outubro 25

Expedição Guatemala - PaRtE 6

Vulcões na Guatemala
(...) Sabe quando vc chega em casa toma aquele banho, depois deita na cama. Deita e relaxa... Fechando os olhos, passando as mãos nos cabelos, se enrolando nas cobertas  e mais uma vez fechando os olhos e agradecendo a Deus a Sua Companhia. Por fim, esperando o dia amanhecer... Pronto, foi desse jeitinho que encarei meus dias, ou melhor, minhas noites, naquele hostel em Antigua... Sempre, mas sempre com a sensação de que o dia seguinte seria fantástico...
Dessa vez o passeio escolhido foi: Parque Nacional "Volcan de Pacaya". A aventura começou em Antigua, as 06:00hs. Levanto e bebo um suco de laranja quente que havia comprado dia anterior e um biscoito ao qual o pacote já se encontrava aberto. Senti quando dei a primeira mordida, molengo assim, parecido comigo, as seis horas da manhã...
Uma van nos leva ao parque, tinham pessoas diversas: brasileira (eu), americanos do norte, e alguns europeus - noruegeses e franceses. Depois de 1 hora, mais ou menos, chegamos no local. Na base, se pode comprar biscoitos, bebida e sopa. Dá pra se ter uma noção da expedição rumo ao vulcão, só de ver as pessoas que chegavam. Voltavam  cansadas, rostos sujos de preto. Porém falantes e vibrantes. Algumas crianças, guatemaltecas, vizinhas do parque, vendiam duas coisas importantíssimas: varetas de pau e marshmallow. Isso mesmo, desse jeito... algumas pessoas até compravam... Procurei alguma coisa mais simples de se carregar, comprei uma garrafa de água e uma barra de chocolate. 
A caminhada começa e, primeiro, algumas dicas da guia, uma menina de 17 a 18 anos, crescida ali. Me senti super tranquila, ela deve conhecer o caminho de olhos fechados.  Em nossa equipe havia um casal de franceses com uma criança de 4 anos de idade. Na primeira etapa a criança foi em cima de um cavalo, na segunda, o animal já não mais se permitia continuar, o chão estava cada mais escorregadio, cheio de pedras e areias, numa inclinação tamanha que ele não quis se submeter. Deixamos o cavalo retornar, e partimos com o menino já ao chão. Permitam-me corrigir: sua mãe era francesa e seu pai guatemalteco. Percebi isso quando, o garoto de 4 anos falava as duas linguas tranquilamente. Fomos então conversando, seu pai me disse que havia conhecido a sua esposa, lá na Guatemala e que  fizeram um passeio ao vulcão, hj estariam lá, refazendo o passeio, mas com su fruto. Seu filho. Confesso que no começo eu e mais alguns da equipe, ficamos preocupados com aquela criança, mas não é que a mãe o preparou direitinho, com calçado Timberland, calça cargo, jaqueta, chapéu e protetor solar, o garoto foi em um ritmo até considerável. Loucura? Não acho, os pais sabiam que estavam fazendo e por vezes o garoto pegava a máquina de tirar fotos e registrava aquilo que achava interessante. Por vezes pedia a mãe para que segurasse as pedras mais bonitas que ele achava no caminho, tudo assim, com a maior naturalidade como quem vai ao parquinho brincar. Quem sabe um dia eu volto lá, com meu filho tb! :) (...)
(...)Foram duas horas de caminhada, um ajudando o outro: segurando no braço pra subir,etc...
A primeira parte era dentro da mata, caminhávamos entre árvores, matos, pássaros... e subida, muita subida. A segunda parte já era o próprio vulcão, subíamos em solo inclinado e arenoso, com pedras, a cada movimento engolíamos aquele pó e o suor no rosto fazia uma espécie de grude, minha cara ficou preta. A medida que andávamos víamos o vulcão cada vez mais perto, totalmente ativo, de longe dava pra ver a fumaça saindo de dentro de sua cratera... Parávamos pra admirar, já não tinha mais força pra tirar fotos. E não podia desistir, pq o caminho agora era todo de areia, e a cada subida rolavam pedras, sapatos e os ânimos "morro a baixo".

No próximo post mostrarei a fúria do vulcão e pq de se levar marshmallow..... até amigos!

terça-feira, outubro 13

Expedição Guatemala - PaRtE 5

uma pintura de um maia que vi!
(...) Ainda por lá, em Atitlán, bateu uma fome! Resolvi pegar um barquinho de volta, pq exatamente na hora em que admirava o horizonte, me deparei com um garoto gritando: barco saindo, barco saindo! Não pensei duas vezes, fui! Não pq não tinha nada pra fazer por lá, pelo contrário muita coisa legal, coisa raiz mesmo, dialetos, exposição de quadros, tudo isso, mas resolvi procurar um lugar mais calmo, mais pacato, mais assim, a minha cara! Sem contar que tudo era mais caro, vivem inteiramente para os turistas, ao contrário da simplicidade do outro lado do lago, o lado mais pacato.
Foi ai que dentro do barquinho, sentei do ladinho, quase que no colo ahahaha de um australiano, porém até aquele momento não sabia quem era... Até que aquele balanço começou e a volta foi mais animada, apenas guatemaltecos, eu e o australiano. Eles riam como uma pura felicidade, como que se estivéssemos no Brasil sairia desse jeito: "se a canoa não virar olÊ olê olá, eu chego láaa!" Até que começamos a rir tb... ele com seu estilo meio punk, meio emo, batendo em meus ombros sempre que o barquinho sacolejava, eu o olhava de rabo de olho, pensando: será q puxo papo, será q fico quieta? Não demorou muito pra ele abrir um dicionário em inglês-espanhol e me perguntar como fala uma palavra em espanhol. Nao me lembro qual era a palavra, mas aquilo já virou motivo de um bom papo e um almoço...
Ele usava um Ray-BanWayfarer preto, uma calça preta bem coladinha no corpo, um allstar preto de cano alto e uma camiseta branca! Um loirinho bem estiloso... Chegamos a superfície - superficial!
Tom (seu nome) me contou que dormiu na aldeia por 5 dólares a diária e que só voltou pq queria ir pra Antigua tb. Contávamos sobre viagens, ele estava no México fazendo curso e resolveu descer, na Am Central.... Foi muuuito agradavel , até pq colhi todas as informações necessárias para o México, ao qual ele já tinha vivido! Bom, como sempre, meus papos terminam no Lonely Planet, abrindo uma página daqui, dobrando outra lá e foi assim... Até que resolvemos beber suco numa barraca, o mesmo veio num saquinho, isso mesmo, polpa de laranja num saquinho, e assim fomos chupando aquele saquinho, resolvemos parar pra almoçar... O prato foi o da casa... Um peixe que esqueci o nome com guacamole - não gostei desse tal de guacamole! Mas comi, ahahahah. Dividimos uma boa cerveja e um momento super importante, um brinde então a amizade e as ocasiões da vida!
...Como sempre, o fim se aproximava, minha partida estava próxima, caminhamos mais um pouco e ele me presenteou com aquelas cordinhas pra colocar em óculos, muito colorida, tipica da região! Tenho gaurdada para eternizar aquele momento!
Até breve, amigos, contarei no próximo post sobre Vulcão Pacaya!
E um esbarrão com Tom em Antigua!

segunda-feira, outubro 12

Expedição Guatemala - PaRtE 4

Lago Atitlán, o mais lindo do mundo!
Acordei beeem cedinho, peguei o necessário e, saindo de Antigua parti em direção ao lago mais belo do mundo! O lago Atitlán!
Uma brisa, muito da gostosa me sucumbia... Na plenitude do ser, eu, sozinha apreciava o que de fato me constrói, a viagem!
Parei na estrada pra tirar algumas fotos e ver de longe o lago, uma vista panorâmica do lugar já me dava a sensação muito boa. Um verdadeiro cartão postal.
Um pouco de história: o lago se situa nas terras altas da Guatemala, no departamento de Sololá. Mesmo sendo considerado o lago mais profundo da América Central (vide Lonely Planet guide), o seu fundo não foi ainda completamente estudado e a sua profundidade máxima seja de 340 metros, cobrindo uma área total de 126 Km², sendo rodeado por escarpas altas e por três belíssimos vulcões adormecidos. Atitlán é famosa tb, pelas vilas e aldeias maias situadas nas suas margens. Lá vc se depara com diversas aldeias, fazendo passeios de barco uma a uma, percebendo traços e cultura maias em que se prevalecem os trajes tradicionais. Os maias de lá são, predominantemente tsutuiles e caqchiqueles. Durante a conquista espanhola das Américas, os caqchiqueles inicialmente aliaram-se aos invasores numa tentativa de derrotar os seus inimigos históricos, os tsutuiles e os quichés, mas foram eles mesmos derrotados e submetidos quando recusaram pagar tributo aos espanhóis.
Santiago Atitlán é a maior das comunidades situadas à beira do lago, sendo conhecida pelo seu culto a Moximón, uma espécie de ídolo formado por fusão de deidades maias, santos católicos e lendas de conquistadores. Apesar da predominância da cultura maia (dos seus trajes, dialeto, gastronomia) das comunidades à beira do lago, a maior delas, Panajache, tem sido invadida por turistas ao longo dos anos. Atraindo muitos hippies e ambulantes. Hoje as comunidades dependem inteiramente do turismo.
Foram encontrados vários sítios arqueológicos maias no lago. Sambaj, que se encontra atualmente a cerca de 20 metros de profundidade.
Um segundo sítio, Chiutinamit, onde foram encontrados vestígios de uma cidade, foi descoberto por pescadores locais que "repararam no que parecia ser uma cidade submersa".
(...) Chegando bem perto das embarcações, pude escolher a q estava já saindo, a já estava com os lugares ocupados, restando o meu. Assim o preço é dividido por todos. O sol ainda não havia se manifestado, antes de entrar no barquinho, conversei com uns vendedores de cordão, vi que eles, ali mesmo faziam cordões com arroz. Eu sempre gostei, lembro do último que comprei em Peruíbe - SP, lá pedi pra escrever meu nome no arroz e ao mesmo tempo, perguntei se podia tirar fotos, foi uma verdadeira diversão, ficava desafiando o rapaz, dizia que ele não conseguiria escrever, e ai ele disse: se quiser, eu escrevo até seu sobrenome! hahahah Bom, corri pra pegar o barquinho táxi e fui! Dentro do lago mais bonito, pude perceber o pq de tamanha beleza, uma beleza natural, uma beleza artística de Deus! Conforme o barquinho acelerava aquela água gelada batia no meu braço, no meu rosto. Estava em extase total, pq, vendo todos, ali sentados, mesmo assim, não escutava a voz de ninguém, estava no meu mais puro "slow down".... Estava curtindo aquilo lá em sua plenitude, absorvendo e me alimentando de boas sensações.
Cheguei na comunidade, pronto! Ali o que mais tinha, por metro quadrado: turistas! Um verdadeiro caos de gente procurando lembrancinhas com os hippies, procurando restaurantes pra matar a fome e matar a curiosidade dos sabores daquele magnífico lugar. Procuravam tb, um entendimento, como se a cada passo dado, uma recompensa. Como se estivessem ali por mérito, por exploração, por convicção! Digo isso, pq algumas pessoas destoavam o ambiente seguro e calmo. Me senti tão sozinha, tão envergonhada, não sabia o que fazer. Fui convicta que ia achar uma aldeia, uma comida, uma gente, um traje... vi além: hotéis, restaurantes, turistas, moda! Mesmo tímida e sem muito o que fazer, resolvi seguir meus instintos de sei lá o que, resolvi buscar o mapa do tesouro, corri atrás do verdadeiro lugar o que me cercava. Conheci algumas pessoas locais, crianças, roupas e comidas.... Conversei com uma guatemalteca com traços fortíssimos maias e ela ao mesmo tempo, traçava um calendário maia em miçangas, já completavam seus 3 meses de trabalho manual!
E não para por ai, no próximo post falarei mais sobre esse lago e suas comunidades, o almoço incrível com um amigo australiano. Aguardem!

Por hj, deixo aqui, alguns traços soltos da Guatemala, alguma coisa que preenche, deixo aqui, palavras de um índio escritor da Guatemala: Humberto Ak'abal.
"Um poeta maia quiché. A sua poesia encontra-se publicada em francês, inglês, alemão e italiano, além da língua original (quiché) e espanhol. "
Cada um com sua sombra -
Amanhece.
O sol come a neblina
e começa a pintar
caminhos,
árvores,
casinhas,
bichos,
gente...
E pra cada um
faz uma sombra.

sábado, outubro 3

Expedição Guatemala - PaRtE 3

Mulheres na estrada na Guatemala
(...) Estava convicta de que o desconhecido e que talvez, o inesperado se aproximavam! Aquela velha sensação de perguntas sem respostas: Sou eu mesma quem está aqui, "it´s now"??? As vezes me pergunto, p q eu gosto tanto de desbravar, de viagens (inter - externas)??? Gosto tanto, com tanto amor que isso, de um certo modo passa para os outros... Tento, então transmitir aquilo que me dá prazer, me eleva, que me consome, que me alimenta... Que me é verdadeiro! Por esses dias recebo um telefonema da NatGeo... (contarei em outro post) (...)
Volto na viagem, relembrando o que vi e o que vivi!
Já bemmmm satisfeita com Antigua, já com aquela porta do vizinho na cabeça, porque só assim pra chegar no albergue (as ruas, na minha concepção, muito iguais, um labirinto), apesar de não querer sair mais de lá, fui tomada por uma vontade louca de conhecer cidades próximas (isso é normal, quando estiver por lá, saberá o q estou dizendo), fui então a Chichicastenango, Panajachel,Quetzaltenango, Atitlan.... Tudo assim, subsequente!
A estrada era boa, a paisagem perfeita... porém muita curva e muita subida... Deparei com um carro levando apenas , mulheres atrás! O céu lindo, tudo prometia para coisas boas! Minha percepção nas cidades foram os trajes femininos, como havia falado é um páis um tanto machista, os homens bem moderninhos, sandálias, calça jeans, camisetas com desenhos e nomes de marcas famosas... Agora, as mulheres, me fizeram voltar ao tempo, trajes devidamente culturais. Todas, sem exceção com a mesma vestimenta, pareciam a mesma pessoa, sempre! Uma espécie de pano enrolado na cintura, fazia o papel de saia e uma blusa grossa bordada a mão fazia um entrelaço no pano de baixo. As meninas tb usavam esses trajes. Até que entrei num mercado de roupas, ou melhor, traje típico guatemalteco, me deu até vontade de comprar, porém, colocari-o aonde??? Conheci uma simpática mulher que me ensinou como amarrar o pano nas costas com um bebê dentro! Muita cultura, muita raiz tem esse povo!
O passeio foi fantástico, pude conversar com o motorista, pude admirar uma família inteira de suecos na mesma van q eu... O pai era o intérprete do bando, a menina, sua filha, linda que chegava até doer, o menino, cheio de espinhas no rosto, não parava de tirar fotos...A mãe, meio confusa, por vezes se perdia num ponto fixo! Eu fui na frente, mas me empenhava em olhar para o retrovisor, queria compartilhar essa aventura, mesmo sem eles saberem! ahahaah Trocamos algumas poucas palavras, até pq misturava espanhol com inglês, minha cabeça estava muito perdida... E perdida assim continuei indo, até chegar num ponto qualquer... Engraçado, eu ainda nao cheguei num ponto! Espero nunca chegar!

Uma frase bacanérrima que tenho guardada e que só podia ser de Martha Medeiros: "Estão perdendo a viagem aqueles que não sabem de onde vieram nem tentam descobrir. Que não sabem para onde ir e nem tentam encontrar um caminho. Aqueles para quem a televisão pode tranqüilamente substituir as emoções"
Até logo amigos, Hasta amigos, See you later... com mais expedições Guatemala e lago Atitlán!

quinta-feira, outubro 1

Expedição Guatemala - PaRtE 2

Impressões de Antigua
Olhando o "Lonely Planet", percebi um pontinho muito charmoso no meio da Guatemala, um pontinho ao qual eu resolvi conhecer, Antigua. Peguei então um "school bus", paguei 3 dólares. Sozinha, admirei a paisagem, admirei a natureza... A viagem foi muito rápida, coisa de meia hora mais ou menos, cheguei.... Perguntei os horários de ônibus de volta e fui aproveitar aquele lugar. O charme era tanto, minhas impressões aumentavam, minha ausência se estabelecia... eu estava viajando naquele lugar... Não quis ir embora... Tive que ir, voltei a Guatemala City, dormi lá e dia seguinte fecho a diária e volto para Antigua, cheia de mochila, bolsas, mas fui... Claro, dia anterior aproveitei pra fechar um albergue, ao qual dei muita sorte, esse albergue era uma espécie de agência de viagens tb... lá reservei passeios fantásticos que contarei em outro post!
Antigua foi a primeira capital da Guatemala, seus prédios coloniais são bastante conservados e preservados. As ruas se parecem muito, portanto, cuidado, digo isso pq me perdia várias vezes... Andava muito e esquecia que uma hora tinha que voltar, até q um dia coloquei alguns pontos como referência: uma padaria da esquina e a porta de madeira do vizinho do albergue! As ruas são fantásticas! Coisa de cinema! Coisa simples e preservada!
O que mais me encanta nas viagens, além da beleza natural dos lugares, sem dúvida também é a beleza natural das pessoas, o modo como se vestem, como se expressam. Admiro raizes e tradições! As crianças são lindas, como me identifico com elas. (colocarei uma foto minha aqui dos tempos de criança, vcs perceberão a semelhança)
Antigua, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1979. E de fato, é linda.
Na Praça Central, e como toda praça de cidade do interior, tem seu charme, seu requinte, há uma fonte (construída em 1738) que fica iluminada a noite. À frente, está a Catedral de Santiago, fundada em 1542, destruída por terremotos e sempre reconstruída. É belíssima, com estilo barroco. No seu interior, uma tumba com os ossos de Bernal Diaz del Castillo, conquistador espanhol morto em 1581. Ainda próximo a praça, estão o Palacio de los Capitanes (1558) e o Palacio del Ayuntamiento (Conselho da Cidade, construído em 1743).
Conheci um australiano e seu ponto de referência era o El Arco (um gigante arco amarelo ligando os dois lados de uma rua). Atrás dele, pode-se ver a Igreja La Merced (1548). Ela e todas as outras sofreram as ações dos terremotos, mas foram restauradas. A mais notável é a Iglesia de San Francisco, construída na metade do século XVI. Uma parte dela (do lado direito)algumas partes ainda estão intactas.
Entre as ruínas, a que mais impressiona, pelo tamanho, foram as da Igreja e Convento de La Recolección. Construída entre 1701 e 1708, foi destruída por um terremoto em 1773.
Um ótimo lugar para se tomar café é o Café Condessa, na praça central. Perfeito!
Aliás, não pode deixar de comprar pó de café guatemalteco tb, comprei pra minha mãe, e o perfume ficou por horas e horas na cozinha, e que delicia de café!

O albergue era Onvisa - agencia de turismo! Paguei pelo quarto com tv a cabo(via a novela da globo lá), paguei também, os passeios para outras cidades, fechei tudo com eles... não me lembro do preço, mas valeu mmmuito a pena!
Comia numa rede de fast food tudo com galinha... tudo de frango! era gostoso e simpático, pq até os funcionários se vestiam como tais!
Aaaa foi sensacional, continuarei no outro post com Antigua e como fiz pra chegar no Lago Atlitan e as cidades que passei!
Hasta lueggo amigos e lembrem-se: a simplicidade nos faz enxergar muita coisa do bem e que faz ummm beem! :)