Uma pausa em Expedição Cuba!(...)
2010! Um ano inteiro ao fim. De um fim para um começo. E é tempo de (re)começar...
Nos tempos de menina rebelde, sapeca e inocente sentia uma certa felicidade no mês de dezembro. Porque era fim de ano, porque eram férias escolares e sempre íamos à praia, porque sabia que a grande família estaria toda reunida, porque ganharia aquele tão esperado presente e porque era absurdamente louca pra completar logo meus 15 anos - pensava que alguma coisa de espetacular aconteceria nos meus 15 anos! (...) Sempre assim, nesse mesmo ritmo de sinais positivos perante a um coração vazio, mas cheio de expectativas ao ano seguinte.
E o ano dos meus 15 anos chegou! Meninas sorridentes de peitos "verdolengos" apontados para a lua fazem escolhas: ou festa ou Disney! Não tive escolhas. Eu só queria alguma coisa, mas não sabia o que era. Mesmo assim, sem muita manifestação ganhei uma festa. E foi ai que descobri como é bom ganhar presentes e porém, como é ruim aquela amiga riquinha lhe presentear com uma blusa de marca ao qual não te serve. A porr@#$% da blusa fica lá no guarda-roupa até o dia que sua mãe descobre e dá pra filha da empregada. ( e como ficou linda nela)...
E outros anos se passaram... outros sorrisos, outras lágrimas, outras pessoas, outras viagens, outros amigos, outras aventuras.... outras e outras coisas mais... mas nessa mesma vida. Vida essa que se morre e se (re)vive, que se cansa, que se acostuma, que se conquista, que se exige!(...)
Quando menina sentia uma certa felicidade na certeza de que meus pais estariam ali, no quarto ao lado. Sonhava com um quarto só pra mim, mas eu tinha ali, duas irmãs, companheiras de fim de noite até se transformarem em personagens dos meus piores pesadelos. (o medo tomava conta naquele quarto - mas sabíamos que o quarto dos pais ficava ao lado e corríamos pra lá, antes que alguma bruxa nos pegasse)...
Já não vivi mais aquela tal felicidade. E que nem sabia que o que sentia ou o que vivia era a mais pura de todas. Já não há ceias fartas com toda uma família e gerações. Já não divido quarto com as minhas antigas companheiras e nem choro de medo por elas e com elas. Já não sinto aquela mesma segurança de saber que no quarto ao lado poderia encontrar todas as noites duas pessoas que diante de tudo, faziam-me feliz e protegida.
Meus 15 anos passaram e com eles tudo aquilo que lhes pertenciam.
Dez anos depois, encontro-me com aquele mesmo coração vazio e com aquela mesma vontade de ter alguma coisa. A diferença é que hoje eu já sei o que quero... Eu quero é dizer:
"Eu te amo!"... não diz tudo, mas digo para quatro pessoas que fizeram e fazem parte da minha construção, da minha base... dessa louca arquitetura que somos moldados. O amor é sentido. E eu sinto amor, sem ofegar, mas com muitos suspiros. Eu sou o amor porque me sinto amada. Na distância, na doença, na tristeza... eu sinto o amor, principalmente nessas ocasiões. Nas minhas decisões, nos acontecimentos, nas minhas aventuras e nos meus desapegos... é tão forte que chega ser visível.
Sou amada porque me deixam ser... deixam-me por ai, pelo mundo. Porque sabem que sou aquela base sólida de amor aonde quer que eu vá. Eu os amo porque os deixo ser. (todos longe porém muito próximos). E desse amor nasceu mais uma vida - sou tia de um lindo ser que veio ao mundo pra mais uma etapa e uma geração. Eu também o amo, mas não o vejo. Ele sente, porque quando se tem vida se tem amor. (Minha irmã do meio vive em outro país, minha irmã mais velha vive em uma outra cidade e meus pais também).
Talvez já tenha dito mais vezes "eu te amo" à um homem do que pra minha família...
Mas dizer "Eu te amo", NÃO DIZ TUDO!
Porque o amor verdadeiro é sentido e não falado. É vivido e não sonhado. É eterno e não "infinito". É constante e não momentâneo.
Já tenho de volta aquela felicidade de menina. Porque hoje, em dezembro, revivendo momentos com minha família, já ganhei um presente e mesmo não estando de férias posso desfrutar de uma paz conquistada por um coração ainda vazio - meu maior presente é poder amar vocês e saber que, mesmo se falar... NÃO DIZ TUDO!
Feliz Natal a todos e que venha 2011 - não é o país do futebol?? Então a gente mata no peito!!!
2010! Um ano inteiro ao fim. De um fim para um começo. E é tempo de (re)começar...
Nos tempos de menina rebelde, sapeca e inocente sentia uma certa felicidade no mês de dezembro. Porque era fim de ano, porque eram férias escolares e sempre íamos à praia, porque sabia que a grande família estaria toda reunida, porque ganharia aquele tão esperado presente e porque era absurdamente louca pra completar logo meus 15 anos - pensava que alguma coisa de espetacular aconteceria nos meus 15 anos! (...) Sempre assim, nesse mesmo ritmo de sinais positivos perante a um coração vazio, mas cheio de expectativas ao ano seguinte.
E o ano dos meus 15 anos chegou! Meninas sorridentes de peitos "verdolengos" apontados para a lua fazem escolhas: ou festa ou Disney! Não tive escolhas. Eu só queria alguma coisa, mas não sabia o que era. Mesmo assim, sem muita manifestação ganhei uma festa. E foi ai que descobri como é bom ganhar presentes e porém, como é ruim aquela amiga riquinha lhe presentear com uma blusa de marca ao qual não te serve. A porr@#$% da blusa fica lá no guarda-roupa até o dia que sua mãe descobre e dá pra filha da empregada. ( e como ficou linda nela)...
E outros anos se passaram... outros sorrisos, outras lágrimas, outras pessoas, outras viagens, outros amigos, outras aventuras.... outras e outras coisas mais... mas nessa mesma vida. Vida essa que se morre e se (re)vive, que se cansa, que se acostuma, que se conquista, que se exige!(...)
Quando menina sentia uma certa felicidade na certeza de que meus pais estariam ali, no quarto ao lado. Sonhava com um quarto só pra mim, mas eu tinha ali, duas irmãs, companheiras de fim de noite até se transformarem em personagens dos meus piores pesadelos. (o medo tomava conta naquele quarto - mas sabíamos que o quarto dos pais ficava ao lado e corríamos pra lá, antes que alguma bruxa nos pegasse)...
Já não vivi mais aquela tal felicidade. E que nem sabia que o que sentia ou o que vivia era a mais pura de todas. Já não há ceias fartas com toda uma família e gerações. Já não divido quarto com as minhas antigas companheiras e nem choro de medo por elas e com elas. Já não sinto aquela mesma segurança de saber que no quarto ao lado poderia encontrar todas as noites duas pessoas que diante de tudo, faziam-me feliz e protegida.
Meus 15 anos passaram e com eles tudo aquilo que lhes pertenciam.
Dez anos depois, encontro-me com aquele mesmo coração vazio e com aquela mesma vontade de ter alguma coisa. A diferença é que hoje eu já sei o que quero... Eu quero é dizer:
"Eu te amo!"... não diz tudo, mas digo para quatro pessoas que fizeram e fazem parte da minha construção, da minha base... dessa louca arquitetura que somos moldados. O amor é sentido. E eu sinto amor, sem ofegar, mas com muitos suspiros. Eu sou o amor porque me sinto amada. Na distância, na doença, na tristeza... eu sinto o amor, principalmente nessas ocasiões. Nas minhas decisões, nos acontecimentos, nas minhas aventuras e nos meus desapegos... é tão forte que chega ser visível.
Sou amada porque me deixam ser... deixam-me por ai, pelo mundo. Porque sabem que sou aquela base sólida de amor aonde quer que eu vá. Eu os amo porque os deixo ser. (todos longe porém muito próximos). E desse amor nasceu mais uma vida - sou tia de um lindo ser que veio ao mundo pra mais uma etapa e uma geração. Eu também o amo, mas não o vejo. Ele sente, porque quando se tem vida se tem amor. (Minha irmã do meio vive em outro país, minha irmã mais velha vive em uma outra cidade e meus pais também).
Talvez já tenha dito mais vezes "eu te amo" à um homem do que pra minha família...
Mas dizer "Eu te amo", NÃO DIZ TUDO!
Porque o amor verdadeiro é sentido e não falado. É vivido e não sonhado. É eterno e não "infinito". É constante e não momentâneo.
Já tenho de volta aquela felicidade de menina. Porque hoje, em dezembro, revivendo momentos com minha família, já ganhei um presente e mesmo não estando de férias posso desfrutar de uma paz conquistada por um coração ainda vazio - meu maior presente é poder amar vocês e saber que, mesmo se falar... NÃO DIZ TUDO!
Feliz Natal a todos e que venha 2011 - não é o país do futebol?? Então a gente mata no peito!!!