domingo, outubro 25

Expedição Guatemala - PaRtE 6

Vulcões na Guatemala
(...) Sabe quando vc chega em casa toma aquele banho, depois deita na cama. Deita e relaxa... Fechando os olhos, passando as mãos nos cabelos, se enrolando nas cobertas  e mais uma vez fechando os olhos e agradecendo a Deus a Sua Companhia. Por fim, esperando o dia amanhecer... Pronto, foi desse jeitinho que encarei meus dias, ou melhor, minhas noites, naquele hostel em Antigua... Sempre, mas sempre com a sensação de que o dia seguinte seria fantástico...
Dessa vez o passeio escolhido foi: Parque Nacional "Volcan de Pacaya". A aventura começou em Antigua, as 06:00hs. Levanto e bebo um suco de laranja quente que havia comprado dia anterior e um biscoito ao qual o pacote já se encontrava aberto. Senti quando dei a primeira mordida, molengo assim, parecido comigo, as seis horas da manhã...
Uma van nos leva ao parque, tinham pessoas diversas: brasileira (eu), americanos do norte, e alguns europeus - noruegeses e franceses. Depois de 1 hora, mais ou menos, chegamos no local. Na base, se pode comprar biscoitos, bebida e sopa. Dá pra se ter uma noção da expedição rumo ao vulcão, só de ver as pessoas que chegavam. Voltavam  cansadas, rostos sujos de preto. Porém falantes e vibrantes. Algumas crianças, guatemaltecas, vizinhas do parque, vendiam duas coisas importantíssimas: varetas de pau e marshmallow. Isso mesmo, desse jeito... algumas pessoas até compravam... Procurei alguma coisa mais simples de se carregar, comprei uma garrafa de água e uma barra de chocolate. 
A caminhada começa e, primeiro, algumas dicas da guia, uma menina de 17 a 18 anos, crescida ali. Me senti super tranquila, ela deve conhecer o caminho de olhos fechados.  Em nossa equipe havia um casal de franceses com uma criança de 4 anos de idade. Na primeira etapa a criança foi em cima de um cavalo, na segunda, o animal já não mais se permitia continuar, o chão estava cada mais escorregadio, cheio de pedras e areias, numa inclinação tamanha que ele não quis se submeter. Deixamos o cavalo retornar, e partimos com o menino já ao chão. Permitam-me corrigir: sua mãe era francesa e seu pai guatemalteco. Percebi isso quando, o garoto de 4 anos falava as duas linguas tranquilamente. Fomos então conversando, seu pai me disse que havia conhecido a sua esposa, lá na Guatemala e que  fizeram um passeio ao vulcão, hj estariam lá, refazendo o passeio, mas com su fruto. Seu filho. Confesso que no começo eu e mais alguns da equipe, ficamos preocupados com aquela criança, mas não é que a mãe o preparou direitinho, com calçado Timberland, calça cargo, jaqueta, chapéu e protetor solar, o garoto foi em um ritmo até considerável. Loucura? Não acho, os pais sabiam que estavam fazendo e por vezes o garoto pegava a máquina de tirar fotos e registrava aquilo que achava interessante. Por vezes pedia a mãe para que segurasse as pedras mais bonitas que ele achava no caminho, tudo assim, com a maior naturalidade como quem vai ao parquinho brincar. Quem sabe um dia eu volto lá, com meu filho tb! :) (...)
(...)Foram duas horas de caminhada, um ajudando o outro: segurando no braço pra subir,etc...
A primeira parte era dentro da mata, caminhávamos entre árvores, matos, pássaros... e subida, muita subida. A segunda parte já era o próprio vulcão, subíamos em solo inclinado e arenoso, com pedras, a cada movimento engolíamos aquele pó e o suor no rosto fazia uma espécie de grude, minha cara ficou preta. A medida que andávamos víamos o vulcão cada vez mais perto, totalmente ativo, de longe dava pra ver a fumaça saindo de dentro de sua cratera... Parávamos pra admirar, já não tinha mais força pra tirar fotos. E não podia desistir, pq o caminho agora era todo de areia, e a cada subida rolavam pedras, sapatos e os ânimos "morro a baixo".

No próximo post mostrarei a fúria do vulcão e pq de se levar marshmallow..... até amigos!

2 comentários:

Anônimo disse...

Ah...o vulcão!
Maravilhoso.

Anônimo disse...

Ah o vulcão....
Maravilhoso
Lívia Corrêa