sábado, janeiro 20

Eu e Ele!




Nascemos com toda a carga de nossa genética física e psíquica. Mas não somos apenas isso. Somos em parte resultado do que foram nossos pais. Mas não somos apenas isso. É claro que o que somos não depende apenas de nossa vontade, assim como a de nossos pais, mas a da sociedade, essa que nos persegue com olhos e braços, que nos vigiam e interferem em nossa realidade. Posso chamar de opinião alheia, uma entidade informe, onipresente, quase onipotente, do "o que os outros vão pensar", nos podando o tempo todo.... Mas independente de sociedade, temos laços, raízes e correntes de afetos, que nos direcionam e nos transformam!
* Tive bons motivos para falar do meu pai aqui, claro que qualquer hora é hora para falar de quem a gente tem grandes afinidades e um respeito absoluto...
Eu e Ele somos assim: dependo do seu afeto, seus conselhos, suas atitudes... Ele só precisa de 5 coisas: me ver crescer e encarar a realidade, concordar com a dignidade, esboçar caráter e mais ainda, conviver com a honestidade, mesmo nos momentos de fraqueza...
Eu e Ele vivemos assim: retratei um momento típico de um sábado em casa, depois de uma semana corrida e solitária, recarrego minhas energias ao lado desse que me ensina a beber vinho, que me mostra os caminhos, que me faz rir e que as vezes me faz chorar.
Pois é Sr. Pai, que posso dizer, Sr. das causas impossíveis, sou sua fã n° 4 ( Mãe + 2 irmãs + eu = 4) Digo a 4ª pq sou a mais nova da tropa!
Meu maratonista regrado e esforçado, tentei correr com ele um dia, o que aconteceu? Ele ia e voltava só para não me perder de vista! Adoro assistir as maratonas que ele participa. Sem contar na sua 2ª faculdade, que emoção vê-lo entrar com uma galera na formatura, seu apelido na faculdade - Tio Chico, putz, ele colava, que tosco! heheheh
Sou apaixonada por suas histórias, desde um gato preso no motor do carro que cada acelerada um miado até um quase preso nos E.U.A ao atropelar um ciclista. Suas piadas são numeradas, iiiihhh aquela paiiiiiiiii, conta aqueeeeeeeeeela que a gente gosta ( ele adora isso).
Tem hora que é muito chato, sistemático (coisas de engenheiro e o mais novo gestor imobiliário), mas até nessas horas eu aprendo com ele.
Agradeço pelas nossas tardes de vinho, pelas conversas, sorrisos e gargalhadas, realmente vc fez parte do meu começo!
... Voltando a conversa sobre sociedade; muito me apoiou o que se ensinava em minha casa: a opinião alheia realmente não interessava, até pq uma adolescente numa cidade do interior onde o comportamento era ditado, agora me pego a pensar: - Putz era muito "diferente", jogava bola sempre e andava de qualquer jeito, espinha? Algumas. E o cabelo? Sei lá, nunca reparava!
Família, como precisamos dela, a todo momento...
Talvez nem seja aquilo que meu pai esperava ou que minha mãe sonhava, nem aquilo que eu sempre quis, mas sou assim, esperando sempre que se tudo der errado, tenho um vinho a tarde pra tomar, Eu e Ele!

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