sábado, agosto 4

Expedição Peru PaRtE 6





* Pachacamac -sítio arqueológico
Pachacamac - um oráculo muito importante, por isso o nome do lugar.
Interessante é entrar num mundo desconhecido e enquadrado como Machu Picchu e achar que era só ali a habitação Inca e a única civilização existente, não! Em Lima sítios arqueológicos comprovam que, na realidade, existiram outras, talvez nem tão evoluídas, com construções primárias em comparação a de Machu Picchu, mas era uma forma de vida, de sabedoria, de existência!
Através desse solo desértico, construíram pirâmides para se conectarem com o mundo! Que mundo? Assim como existe hoje o Santo Daime ( Amazônia), eles tb tinham umas plantas sagradas, evocando linhas perfeitas de sabedoria - e bem sei que é assustador sair de si mesmo, mas tudo o que é novo assusta e um susto que leva ao surto das ocasiões... Devaneavam em altos e deslumbrantes sonhos.
Com argila, algumas bases de pedra e conhecimentos, construíram, canalizaram, sim, pois em meio a tantos ventos de areia, mergulhavam na chamada seca da solidão! Vale lembrar que naquela época (200 D.C a 700 D.C) o clima era um pouco melhor.
Mais uma vez, Francisco Pizarro e seu irmao vieram atrás de ouro, prata, atrás de conquistas, de guerras, de destruição! E Pachacamac foi se definhando... A história é tão interessante que, existiam repartições, cada qual alojado em um canto, canto esse categoricamente esquematizado, arquitetado, como por exemplo o das mulheres, sim! Elas tinham um lugar às alturas - uma guardiã tomava conta das ninfetas e ensinava tudo que uma mulher deveria saber, até estarem prontas para o casório, para a maternidade! O templo do Sol, vontado para o pacífico, recebia ventos gélidos da costa peruana e pude sentir essa sensação de liberdade ao perceber que o horizonte brotava a cada arrepio no braço!
Nem meio a tanto calor, seca e ventos carregados de areia, peruanos não se intimidaram ao construírem suas casas (favelas) nesses morros que não brota, não nasce; sem vida e sem esperança! Hoje a pobreza é a marca deixada pela exploração, uma ferida aberta, onde a dor é visível! E o remédio? Ainda não inventaram um alívio maior para tamanho descaso, nós sofremos e convivemos!
E talvez um dia, só um dia, perceberemos que, a história, o passado, estão hoje mais vivos do que nunca! Em meio a pobreza de uma civilização, em meio a construções faraônicas para cultos divinos, riqueza envolve religião, que envolve e que envolve mais ainda uma esperança para aqueles que tem a pobreza como um ato de fé!
Sei de muita coisa que não vi e acredito em muita coisa que supostamente existiu, mas não podemos esquecer que a estrutura do átomo não é vista, mesmo assim sabemos sobre ela.
A todos esses que em mim atingiram zonas assustadoramente inesperadas e me fizeram explodir em: eu! Vcs peruanos, pessoas de fé e de esperança... Que sorriem e agradecem a visita! Eu é que agradeço!

Um até pra todos e quem sabe terminarei essa história, quem sabe!

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